O Bitcoin e as demais criptomoedas estão na vanguarda da tecnologia e isso tem seus riscos, para o bem e para o mal, como neste caso os riscos são elevados, é bom ter especial atenção antes de entrar neste novo mundo.
Entre as possibilidades positivas estão as novas possibilidades de negócios muito mais descentralizados e realmente sem fronteiras, como transferências internacionais sem qualquer instituição intermediária a custos bem reduzidos, cópias de segurança de seus arquivos espalhadas mundialmente de maneira segura e barata, dentre uma miríade de novas aplicações, sem contar as transações comerciais convencionais (segue lista com empresas no Brasil que aceitam Bitcoin como forma de pagamento). Os principais ganhos são o aumento da privacidade e da segurança das transações, pois podem ser feitas diretamente entre indivíduos e/ou empresas, sem o monitoramento de uma empresa ou governo.
Além disso, o Bitcoin tem uma quantidade máxima disponível de 21 milhões de unidades, não havendo a possibilidade de criação novas unidades, o que tende a valorizar seu preço conforme o volume de negociações aumente.
Entretanto a falta de um intermediador na guarda do seu dinheiro, eleva o nível de responsabilidade de cada indivíduo, pois a guarda da chave privada (a senha da carteira) está totalmente sob responsabilidade do portador, não havendo a quem recorrer em caso de esquecimento ou perda, portanto muita atenção neste ponto.
O principal ponto negativo está na falta de um arcabouço jurídico, o que traz incertezas sobre como os governos tratarão estas novidades e a possibilidade de manipulação do mercado por grandes investidores.
Para que haja um equilíbrio, faça uma autoavaliação dos riscos que pretende correr e, como diz o ditado, "não coloque todos os seus ovos numa mesma cesta", porque se um das cestas cair ainda haverá diversos ovos, o que vale para todo e qualquer investimento.
Pensando na avaliação pense em uma escala (na minha visão de não-economista do assunto):
- Baixíssimo risco: poupança, com retorno na ordem de 8%;
- Baixo risco: títulos do tesouro direto, CDB e LCI, com retornos na ordem de 12%;
- Médio risco: fundos de índices, com retornos na ordem 20%;
- Alto risco: ações (Em 12 meses: Itaú +30%, Petrobrás +5,4%, Vale +97%, Magazine Luíza +961% (!!!))
- Altíssimo risco: criptomoedas (Bitcoin +667%, Ethereum +2408%, Ripple +3671%).
Tendo em visto o balanço dos prós e contras, sou favorável à utilização das criptomoedas, em especial o Bitcoin, pelo seu potencial de valorização e pelas novas possibilidades de transações, reduzindo a exposição de nossos hábitos de consumo e de gestão financeira, mas devido ao altíssimo risco, recomendo que se invista apenas uma parte de suas economias.
Considere se você também está disposto a investir parte de suas economias em algo de alto risco, que da mesma maneira que teve uma valorização elevadíssima pode ter uma forte queda.
Fontes:
https://wwws.minhaseconomias.com.br/investimento.do
https://www.negociecoins.com.br/lojas-aceitam-bitcoins