O Lamento de um Jovem em um País Rico, mas Desmotivador
Nasci em um país com riquezas naturais imensuráveis, mas que parece não saber transformar essa abundância em qualidade de vida para sua população. Quero compartilhar minha história, que reflete a realidade de muitos jovens brasileiros que sonham em crescer e construir um futuro digno, mas que enfrentam barreiras impostas pelo próprio Estado.
Meus pais são exemplos de esforço e dedicação. Meu pai é taxista e minha mãe, professora. Começaram do zero e, com trabalho e sacrifício, alcançaram uma estabilidade financeira que nos permitiu uma vida mais confortável. Este exemplo sempre me inspirou a buscar crescimento pessoal e profissional.
Hoje, com 22 anos, minha rotina é intensa, mas gratificante. Trabalho como músico, tocando acordeon em eventos e dando aulas, além de realizar manutenção de máquinas em uma academia. Também curso engenharia civil em uma universidade pública. Minha renda média é de R$ 4.500 por mês, e, para os padrões do meu país, considero isso uma conquista que reflete meu esforço.
Tenho buscado formas de proteger meu futuro financeiro. Procuro economizar, invisto em sanfonas para revenda e, recentemente, comecei a estudar criptomoedas. Vejo nelas uma oportunidade para armazenar valor de forma independente e escapar da interferência estatal no meu dinheiro. Essa estratégia tem se tornado especialmente relevante diante do cenário econômico e político atual.
O Brasil possui uma das maiores cargas tributárias do mundo. A carga de impostos sobre o consumo pode chegar a 40% em alguns produtos, e manter bens, como um carro, significa lidar com custos adicionais, como o IPVA. Além disso, o imposto de renda pode consumir até 27,5% dos ganhos, tornando difícil acumular capital para investimentos.
Recentemente, o governo anunciou a fiscalização de contas com movimentação mensal acima de R$ 5 mil. Essa medida, junto com o planejamento do Drex, uma moeda digital centralizada pelo Banco Central, tem gerado preocupações. O Drex, embora prometido como uma inovação financeira, é visto como uma ferramenta de controle sobre as finanças dos cidadãos, limitando a liberdade econômica.
Por exemplo, uma pessoa que ganha R$ 5 mil pode perder cerca de R$ 1.375 em imposto de renda na alíquota máxima. Isso reduz significativamente sua capacidade de poupar e investir. Com o Drex, o monitoramento financeiro pode se tornar ainda mais rigoroso, afetando a privacidade e a autonomia dos cidadãos.
É desafiador viver em um país onde políticas assistencialistas são usadas como moeda de troca eleitoral, enquanto aqueles que trabalham e empreendem enfrentam tantas barreiras. Ainda assim, sigo determinado a buscar alternativas para crescer, proteger meu patrimônio e construir um futuro mais estável.
Quais estratégias você conhece para fugir da rastreabilidade econômica e proteger sua liberdade financeira? Deixe seu comentário e compartilhe suas ideias!