Enquanto milhares de “coxinhas” estão nas ruas do País defendendo a queda de direitos assegurados na Constituição, no Congresso se concretiza a maior violência ao Texto Maior de 1988.
Os defensores de tamanha arbitrariedade utilizam-se de argumentos diferente para questionar um mesmo ato. Os decretos assinados por Dilma Rousseff, também foram assinados por Michel Temer em algumas ocasiões quando a Presidenta não se encontrava no País. Porém, segundo os defensores da tese do impeachment, Temer não pode e não DEVE ser impechmado, por quê?
Caro leitor, eis que a resposta para tal pergunta é muito simples e esta resposta, mostra um processo de impeachment totalmente viciado e parcial, não respeitado as regras do direito de fato e atendendo a critérios meramente políticos. Em síntese, Temer não sofre o impeachment simplesmente porque o processo atende interesses políticos nada republicanos e não respeita os preceitos constitucionais vigentes.
A manutenção do cargo do vice-presidente, desviando o processo supramencionado de qualquer hipótese de atingi-lo (pois o mesmo, também assinou decretos de créditos suplementares – empréstimo sem autorização do Legislativo), revela que o Brasil é uma país de “troxinhas”, quando milhares de pessoas vão às ruas defender um processo ilegal e não observam que estão atentando contra seus próprios direitos adquiridos a troco de muita luta e sustentando um processo que criará uma insegurança jurídica sem precedentes. Afinal, qual Governo terá validade e autoridade para governar daqui pra frente? Pois a Presidente Dilma, foi eleita pela maioria, tem um governo válido e está sendo derrubada simplesmente porque não deteem a maioral política no Congresso.
A situação política no Brasil atualmente, nos leva a lembrar de uma frase do saudoso Ulysses Guimarães: “O presidente que tem o comando do Congresso, pode quase tudo, inclusive terminar um Governo sem enfrentar qualquer problema”.
A Presidente Dilma Roussef cometeu dois erros graves na sua gestão. O primeiro foi perder a eleição de Presidente da Câmara dos Deputados e o segundo foi acreditar na prevalência das leis desse País, esquecendo que o PODER POLÍTICO, faz as leis virarem mero instrumento de controle social das grandes massas.
Dilma Rousseff acreditou na LEI. Esse foi o maior crime da Presidente que hoje deixa o comando do País e, resolveu enfrentar um dos maiores coronéis (isso mesmo, coronel em pleno século XXI) da Câmara dos Deputados, o Presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB).
Desde então, Cunha montou uma força tarefa com um exército de deputados (quase todos envolvidos na operação “Lava Jato”) e estabeleceu uma pauta para o País, qual seja, o impeachment de Dilma Rousseff.
Réu na operação “Lava Jato”, afastado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) da função de deputado e no iminente risco de parar na cadeia, sob diversas acusações, entre elas uma de ter recebido R$ 52 milhões em propinas. Esse é o perfil do homem que instalou e aprovou a autorização do seguimento do processo de impeachment de uma Presidente que não teve um só crime comprovado contra seus atos, tudo baseado em afirmações vazias e de cunho político. A prova disso, é que durante a votação da autorização do processo de impeachment pela Câmara, dos 367 deputados que votaram a favor do processo, apenas 16 citaram a prática de crime de responsabilidade, haja vista, não haver qualquer materialidade dos fatos. Dilma foi vítima de um processo referente às contas de 2015, que ainda nem foram julgadas pelo Tribunal de Contas da União.
É hora de refletir. O que essas pessoas que estão nas ruas querem de fato? Atendem a quais interesses? Quem os patrocinou para desestabilizar o governo e tornar o país ingovernável?
Quando Pinochet aplicou o golpe no Chile em 1973, os “moldes operandi” foram os mesmos. Greves, protestos, caminhoneiros bloqueando estradas para faltar alimentos e pressionar o governo e, o resultado é conhecido por muitos. Dessa forma, só resta afirmar que, os que agem de forma idêntica no Brasil atualmente desconhecem os fatos, ou atendem interesses escusos.
A história mostra que o povo, em regra, é massa de manobra de partidos políticos, grandes meios de comunicação dentre outros, é preciso saber a causa defendida e as consequências que tais atos levarão, para não ser só mais um instrumento de validade dos atos daqueles que não aceitam perda do Poder há 13 anos.
O Eduardo Cunha também saiu do poder por denuncias da lava-jato. A Dilma fez um péssimo trabalho em seu ultimo mandato e o índice de popularidade da presidenta foi um dos piores da história.
Vale lembrar que a Presidenta Dilma era presidente do conselho da Petrobras quando ocorreu todos os escândalos de corrupção na petrolífera.
Sim, ela saiu por um processo politico, mas com o apoio do povo Brasileiro, que foi as ruas em ampla maioria com o famoso "Fora Dilma". E a maior mobilização da história do Brasil pró impeachment.
Como diz a constituição Brasileira de 1988: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
O Congresso apenas atendeu o pedido da Maioria da população do Brasil.
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