Diogo Piçarra tem sido acusado de plágio com o tema "Canção do Fim", com que participou este domingo no Festival da Canção, na RTP. As acusações referem se à semelhança com um cântico da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
O cantor português já reagiu em comunicado:
"A simplicidade tem destas coisas e só quem não cria arte é que nunca estará nesta posição. Faz parte da vida de um compositor e é algo que todos nós iremos “sofrer” a vida toda.
A ideia para a “Canção do Fim” surgiu em 2016, juntamente com muitas outras do meu mais recente disco “do=s”. Mantive-a guardada por achar algo especial, no entanto, a sua simplicidade e a sua progressão de acordes não é algo que não tenha sido inventado, tal como tudo na música.
E é engraçado como a vida tem destas coisas, coincidência divina ou não, e perceber que a Internet é o verdadeiro juíz dos tempos modernos. Aclama mas também destrói.
A minha consciência está tranquila na medida em que eu próprio sou quem está mais surpreendido no meio disto tudo: nasci em 1990, não sou crente nem religioso, e agora descobrir que uma música evangélica de 1979 da Igreja Universal do Reino de Deus se assemelha a algo que tu criaste, é algo espantoso e no mínimo irónico. Desconhecia por completo o tema e continuarei a defender a minha música por acreditar que foi criada sem segundas intenções.
Como disse, a tem destas coisas, e as melodias na música não são ilimitadas. Nunca participaria num concurso nacional com a consciência de que estava a plagiar uma música da Igreja Universal. Teria agarrado na guitarra e feito outra coisa qualquer.
Afinal as pessoas “quando olham, vêem tudo”, no entanto, só o lado mau que procuram destruir. Mas, infelizmente, informo que isso nunca acontecerá."
Diogo Piçarra conquistou este domingo o primeiro lugar na segunda semi-final do Festival da Canção, com a votação máxima do público e do júri.
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