O Dilema na Educação
Transcrição
Hoje eu devo falar sobre um tema intitulado “O Dilema na Educação” que é um termo cunhado por mim para tratar sobre como o sistema de educação têm prioridade com os outros, os governos, as corporações, as sociedades, e não conosco e com nossos talentos individuais.
Abertura
Esse é o dilema aparente quando percebemos que ao frequentar o sistema educacional tradicional somente somos permitidos a sermos um talentoso sob termos. Como se somente fosse possível aprender o que convém aos outros. Essa impressão é mais evidente quando olhamos para quais paradigmas a escola convencional adota como premissas. Ideias como as de que todos devem se sacrificar pela sociedade e trabalhar pela prosperidade dela. Mas, uma ideia desse tipo, quando tomada como um dogma, e a única ideia motivadora, pode afetar nosso crescimento individual. A imagem de um médico que trabalha pelo propósito da guerra, ou a imagem de um engenheiro que, também, trabalha pelo propósito da guerra, são demonstrações de como os interesses de um sistema alheio interfere na jornada particular de um indivíduo. Mas, se como indivíduo, ele queira se tornar alguém talentoso será preciso abandonar o grupo e caminhar adiante na sua própria direção.
Alunos Tomados Como Pessoas Genéricas
Uma circunstância inevitável é a de que cada aluno seja tratado como uma pessoa genérica e reduzido a números. Com sonhos modestos, e sem ambições próprias. Como se fosse preciso submeter todos os alunos ao estudo de um mesmo currículo para que todos se encaixem numa etiqueta e façam da gestão da escola uma tarefa mais prática. A escola tradicional, também, presta um serviço aos pais por conveniência. É onde os pais preferem deixar os filhos já que eles têm responsabilidades e porque o tempo passado na escola parece ajudar. Convencer os pais de que seus filhos estão sendo educados parece um argumento sensato. Mas, qualquer esforço feito na escola não deverá formar nenhum aluno talentoso com habilidades excepcionais. É preciso que o aluno saiba buscar pelo que ele precisa, e depois, abandone o sistema educacional genérico.
Comportamento Conformista
A influência sobre a escola que força os alunos a serem conformistas diante dos sistemas alheios, governos, corporações, e sociedades, é mais evidente quando percebemos como o comportamento em grupo é praticado. Fora da escola, trabalhos em equipe carregam importância em circunstâncias como, nas forças armadas, onde vidas estão sob risco, e no ambiente corporativo, a favor do resultado da empresa pelo trabalho dos indivíduos. A imposição de regras e de códigos em prol do trabalho em equipe, apesar de terem cabimento, treina um aluno, antes criativo, a comportar-se como um conformista sem pensamento independente. A dinâmica em grupo faz pouco pelos mais ambiciosos e pelos que querem crescer individualmente. Lidar com grupos grandes obriga um indivíduo a ter de prover uma imagem coerente e consistente de si mesmo perante aos outros. Mas são essas as circunstâncias que confrontam o indivíduo determinado a alcançar resultados excepcionais. É importante que o indivíduo comprometido consigo decida abandonar o grupo para se permitir ser inconsistente, finalmente, poder acumular experiência.
Sinais de Descompromisso
É curioso quando vem à tona evidências de que os sistemas do qual fazermos parte dão sinais de descompromisso com todo o grupo e acabam tomando lado somente a favor de seus interesses. Quando escândalos de corrupção estouram, quando emergem casos como o caso Panama Papers, ou quando desastres como da Vale em Brumadinho acontecem. Pessoas ainda são complacentes mesmo depois de verem que não deviam acreditar em tudo que são ditas. O que líderes responsáveis por controlarem esses sistemas nos mostram são sinais de como eles estão dispostos a abandonar qualquer senso de grupo, e qualquer ideia de que estávamos todos juntos, que tinham com nós antes das coisas darem errado. Sinais que nos mostram como não podemos confiar plenamente nesses líderes. Mas, ao perceber, já tínhamos colocado nossa confiança nesses líderes antes dos escândalos surgirem. E eles podem ser tanto líderes do governo, de entidades regulatórias, e líderes de corporações.
Panama Papers
O escândalo do Panama Papers foi um caso onde diversas contas bancárias que eram usadas para ocultar patrimônio vieram à tona e foram reveladas ao público. Todas as contas pertenciam a líderes mundiais. Casos como esse deixam evidente como, um indivíduo talentoso, porém ingênuo, pode ser prejudicado a partir das circunstâncias ao seu redor. Trabalhando e sustentando um sistema que conta com a sua ignorância. Adquirir talento sem planejamento de como usá-lo é um equívoco. Mas, apesar disso, seremos sempre encorajados pelos outros a darmos o nosso melhor. Cultivar um talento único requer cautela e que nós tenhamos certeza de que podemos ter total controle sobre o que é produzido.
Estouro da Barragem em Brumadinho da Vale em fevereiro de 2019
Ao estourar a barragem de Brumadinho da Vale, engenheiros de baixa responsabilidade na hierarquia da empresa foram escolhidos pelo sistema judiciário para serem condenados. Mas, nenhum dos sócios da empresa que, são donos, e dividem os lucros, não são responsabilizados. Em outras palavras, os engenheiros subordinados, e quem não têm parte nos lucros quando a empresa publica um bom resultado, levam toda a responsabilidade sob suas costas. Para evitar que o mesmo caso do engenheiro aconteça conosco, como indivíduos, precisamos sempre ser donos do que produzimos. Tomando responsabilidade pelo o que dá errado mas, também, sendo recompensado integralmente por qualquer sucesso do trabalho.