Esta mensagem que eu escrevo hoje surgiu de um desafio que aceitei, que se chama Desafio da Libertação. É um desafio no qual vamos ao baú das memórias e fazemos uma revisão da nossa maior prisão. Revemos a história da nossa vida e identificamos o momento em que se deu o início da nossa prisão. A partir daí, temos tarefas diárias para refletir sobre essa influência no nosso dia-a-dia. Que bloqueios se desencadeiam, fruto da prisão que carregamos? Aprender a perdoar-me por viver essa prisão e por tudo o que possa ter feito ou deixado de fazer em função dessa prisão. Reconhecer o que de bom me trouxe essa experiência do passado. Do que tenho que me libertar.
Hoje resolvi escrever sobre uma reflexão que fiz durante este desafio. Percebi que critérios tenho usado para me valorizar. Vou focar-me aqui no campo profissional.
Fruto das inseguranças com que fui crescendo e por influência da sociedade (que somos todos nós), durante anos eu encostei-me ao "valor" que a graduação do meu curso superior me deu. Assim pareceu-me mais fácil conseguir garantir uma possibilidade de emprego. Pois, com esta graduação eu tinha um lugar numa lista de professores, que seriam colocados (quase como roleta russa) no início de cada ano letivo.
Quando pensava para mim que não gostava de estar a trabalhar no local onde tinha sido colocada, ficava bloqueada pela ideia de que nem sabia bem o que poderia eu fazer para além de dar aulas. Ficava com medo, pois outra opção seria criar o meu próprio emprego, o meu projeto, que eu sentia que era diferente do que a sociedade desenhava como correto e bom para todos.
Eu bloqueava sempre que queria desenvolver algo diferente por medo e insegurança.
Ou seja, evitei sempre concorrer para um emprego em que tivesse que ir a uma entrevista defender o meu valor. Medo, muito medo. Preferi o tipo de concurso em somos uma nota de curso e o tempo de serviço. Só agora faço esta reflexão. Deixei-me identificar por uma nota, é assim que me tenho valorizado ao longo da minha vida.
Agora compreendo a importância de me amar profunda e completamente e confiar no meu poder pessoal. Só assim posso ser eu própria a construir o meu trabalho, por aquilo que eu Sou e não pela nota que tive.
Libertar-me das crenças e inseguranças que me bloqueiam, fará aflorar aquilo que eu sou na verdade e assim viverei na minha verdade e fluirei na vida sem medo.
Grata