Quem Casa, Quer Casa!

in familia •  6 years ago  (edited)

Quem casa, quer casa… o que isso significa?

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Recentemente fiz uma pergunta no facebook: Qual o papel dos pais na relação dos filhos casados?

A maioria respondeu que os pais são amigos e conselheiros. Mas quando? Como?
Alguns responderam que não sabem ou que ainda não descobriram esse papel.
Já dizia o ditado que se conselho fosse bom, a gente não dava, vendia kkk

O intuito desse artigo é entendermos os papéis de cada um e não colocar contra pais e filhos ou genros e noras contra sogros e sogras, longe disto.

Você deve saber que um dos principais motivos das brigas entre marido e mulher ainda é a influencia da família de um dos dois – ou dos dois – no casamento. Muitos até chegam ao divórcio.

Um outro motivo que vejo constantemente acontecendo são os filhos que casam e continuam tendo relação com os pais como se morassem juntos. São tão dependentes que precisam ligar todos os dias, tomar café da manhã, almoçar, jantar. Não importa a refeição a questão é ter o “colinho”.

Tenho atendido muitos casais que não são felizes com o cônjuge, porque estão “casados” com a mãe ou o pai. Um casamento emocional de dependencia para tudo.

Querer casa, no ditado supracitado, é querer responsabilidade, amadurecimento…

Existe um principio nos casamentos que é o homem deixar o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, que também deve deixar seu pai e sua mãe, e os dois se tornarem uma só pessoa, ou seja, decidirem juntos (sozinho marido e esposa).

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Como você acha que seus pais conseguiram a experiência que tem hoje? Muito provavelmente errando…

Não é que não podemos tirar dúvidas com nossos pais ou com nossa família, sim devemos fazer isto, a coisa se torna problemática quando não ouço a opinião do meu cônjuge, porque o papai ou a mamãe já deu a ordem. Não valido o outro.

Virar uma nova família requer tempo, pois o casal traz para o casamento uma mala cheia de cultura familiar, de costumes, de gostos e – erroneamente – o estilo de vida bancado pela situação financeira dos pais.

Pouco tempo depois de casados, eu e minha esposa criamos hábito de almoçar em nossas mães, fazíamos um rodízio. Nos acostumamos com aquela rotina. Quem não quer né, casar e todos os dias estar na casa da mamãe? Mas com o tempo percebemos que isso não estava certo. Nós escolhemos não fazer mais isso e hoje fazemos em casa. (De vez enquando passamos por lá, mas de vez enquando, e quando surge um convite).

A questão é que a comodidade nos impede de avançar. Quanto mais tempo ficamos ligados a nossa família de origem, mais tempo levamos para formar nossa própria família. Ter alguém que decida por mim é bem melhor do que ter que decidir. Colocar a culpa do meu erro em alguém é bem menos dolorido. Por isso muitos casais preferem continuar “casados” com os pais.

Quando relacionamentos não dão certo porque os pais interferiram no momento errado. Muitas das vezes a sogra quer dar ordens na casa. Chama a atenção dos filhos (marido ou esposa) como se ainda fossem suas crianças. Quer impor algumas regras como se estivessem em sua própria casa.

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Não existe um modelo de família certo, existe sim um novo modelo de família que será construído somente entre o casal.

Muitos pais, ou a maioria penso eu, não fazem por maldade, muito pelo contrário, por amor, querem ajudar os filhos a serem felizes e acham que o modelo de casamento deles é o carreto, ou querem evitar que os filhos sofram como sofreram em seus casamentos. Os pais são exemplos para os filhos, porém não podem forçar os filhos a serem como gostariam que fossem os seus próprios casamentos.

Precisamos cuidar dessas coisas. Os pais podem e devem ser amigos, podem e devem ser conselheiros, porém devem ser consultados e nunca terem a ordem final. Afinal quem casa, presume que tenha amadurecimento. Os erros nos fazem crescer. Nos fazem avançar.

Quando a família de origem insiste em opinar, direcionar ou influenciar no casamento dos filhos, impede que eles amadureçam e construam como casal seu próprio caminho e sua história. Possivelmente, na caminhada, eles acertarão e errarão, mas faz parte do processo e da beleza do casamento o construir juntos. Os pais devem se manter fora da zona de influência, mas sempre disponíveis a eventuais pedidos de conselhos dos filhos. Cabe, entretanto, aos pais que são mais experientes, medir se tais pedidos não estão sendo banais ou não estão sendo constantes, pois a influência dos pais poderá tornar o novo casal imaturo e inseguro para tomar as próprias decisões.

Evidentemente, se em algum momento o casal se sentir perdido, pode e deve procurar ajuda matrimonial, mas raramente ela deverá vir dos pais, pois estes, ainda que inconscientemente, poderão ser tendenciosos para o lado do (a) filho (a). Normalmente, os pais justificam as ações de seus filhos.

Tenham além dos pais, amigos sérios, casados com experência de vida e de boa índole. Procure um bom profissional que possa ajudá-los a superarem os desafios da vida conjugal.

A vida de casados é um desafio prazeroso que requer cuidados e zelo, a recompensa é uma vida feliz e muita história para contar.

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