As Crypto Bridges ou Bridges são responsáveis por podermos interligar as diferentes blockchains existentes e podermos interoperar entre elas, diversificando e aumentando a usabilidade e o alcance das criptomoedas e dos ecossistemas que são construídos em torno delas.
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Uma ponte ou ponte entre cadeias é um serviço (centralizado ou descentralizado) que permite criar uma conexão entre dois blockchains que normalmente não podem se comunicar entre si, para que os tokens possam ser transferidos entre eles.
Este é um utilitário que se tornou essencial graças à chegada de serviços DeFi, que levaram a comunidade criptográfica a um grande salto no uso de tecnologia blockchain e os fichas que tornam a vida nas diferentes cadeias de blocos capazes de fornecer este tipo de serviço.
Como funciona uma ponte?
Uma ponte pode ser vista como um simples trocador de informações entre blockchains. Em outras palavras, a principal função de uma bridge é permitir a troca bidirecional de informações entre blockchain A e blockchain B, por meio de um protocolo que permite essa conexão. Claro que esta é uma maneira fácil de ver como uma ponte funciona, mas a ideia básica é que e tê-la muito claramente ajudará você a entender exatamente como essa troca de informações ocorre.
Na verdade, podemos resumir em quatro etapas:
✓A ponte está localizada entre a cadeia A e B, criando a estrutura básica para seu funcionamento.
✓Se você quiser passar um token de A > B, vá até a ponte, indique o número de tokens que deseja trocar em A e forneça o endereço de destino em B.
Você faz a remessa em A e a ponte bloqueia esse saldo em um cofre, e depois em B a quantidade exata de tokens é cunhada e enviada para o endereço em B que você forneceu.
✓Os tokens em A são bloqueados como garantia para os tokens em B e você só pode recuperá-los fazendo o processo inverso
Explicado com mais detalhes
Vamos dar um exemplo mais prático para ir um pouco mais longe em como essas pontes funcionam. Imagine que você deseja passar 1.000 tokens USDT da rede Ethereum para a rede Polygon. Diretamente, apesar do fato de que os endereços de Ethereum e Polygon são idênticas, a realidade é que suas redes blockchain são diferentes, então você não pode passar valor diretamente entre ambas as blockchains. Para fazer isso, você deve usar uma ponte e ela se encarregará de concluir esse processo.
Como Etheruem e Polygon são idênticos no nível de programação (eles são baseados em EVM, eles usam Solidity, têm o mesmo modelo de endereço, mas têm históricos e protocolo de consenso diferentes) criar uma ponte é bastante fácil. Para fazer isso, a ponte cria uma série de contratos (em Ethereum e Polygon) que permitirão que ambas as redes se comuniquem com uma linguagem comum por meio de um oráculo blockchain. O trabalho do oráculo é fornecer a esses contratos informações precisas sobre o que está acontecendo no outro blockchain e vice-versa. Desta forma, criamos o canal de comunicação bidirecional entre Ethereum e Polygon, neste ponto metade do trabalho está feito.
Agora, para enviar esse ETH USDT para o Polygon, você precisará interagir com a ponte no lado do ETH. Ele vai pedir duas coisas:
Um endereço de recebimento para a rede Polygon.
Que você envie os 1.000 USDT que você tem em ETH para um cofre (também em ETH) que será controlado por um contrato inteligente da ponte. Esta etapa geralmente é transparente para o usuário.
Ao concluir essas duas etapas e enviar no lado da ETH, a ponte começa seu trabalho. A primeira coisa que acontece é que o oráculo detecta a remessa em ETH e informa ao smart contracts no lado do polígono. Com este relatório, a quantidade de tokens trocados e o endereço de destino (o que você forneceu) para eles desaparecem. Uma vez que o comércio ETH estiver concluído, o oráculo relata isso e os contratos inteligentes no lado do polígono começam a gerar os 1.000 USDT e os enviam para o endereço fornecido.
Os tokens gerados do lado do polígono são os mesmos USDT, a mesma quantidade e com o mesmo valor, e isso é possível, pois o cofre criado serve como garantia do valor desses novos tokens e eles ficarão bloqueados até o momento em que você fizer a operação inversa (transferir esse USDT do Polygon para ETH). O bloqueio impede que os tokens sejam gerados do nada, mantendo a segurança e a estabilidade econômica entre as correntes e a ponte.
Quando você faz o processo oposto para recuperar seu USDT em ETH, a ponte pega seu USDT do lado do Polígono, o queima e, uma vez queimado, o USDT correspondente é entregue a você do lado do Ethereum. Com isso, o trabalho da ponte entre ETH e Polygon está finalizado.
Tipos de ponte
As pontes podem ser de dois tipos:
Centralizado
Uma ponte centralizada é aquela cuja gestão cabe a uma entidade centralizada que recebe e libera tokens entre as cadeias suportadas por essa entidade. Basicamente, funciona como uma exchange, só que ao invés de trocar pares, apenas pega um token e te envia o mesmo token na rede de destino de sua escolha. Um exemplo desse tipo de ponte é a OKex Bridge.
Descentralizado
Uma ponte descentralizada é aquela que é totalmente controlada por contratos inteligentes e onde o controle dos fundos não recai sobre nenhuma entidade central. Um exemplo desse tipo de ponte é o Multichain.
Traduzido do artigo original disponível em:
https://academy.bit2me.com/en/que-es-un-crypto-bridge/
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