Hola amigos
Sigamos hablando un poco de historia.
Simón Rodríguez, afirmou que a formação dos cidadãos era através do conhecimento. Este foi um lutador incansável em prol da educação popular. As suas abordagens foram muito originais a ponto de a transmissão das suas ideias inovadoras reflectir um homem com sentido próprio, diferente do contexto do seu tempo onde o objecto da sua vida era educar onde estava, onde podia fazer alguma coisa e colocar suas ideias em prática. Foi autodidata, descobrindo que para ser professor deveria ter como foco a reflexão, o pensamento e o conhecimento. Além disso, suas ideias sobre educação e política amadureceram e foram alimentadas pelo pensamento de Martesquier. Ele desenhou um projeto original baseado no que as leis deveriam ser adequadas ao povo, às características físicas do país, à constituição, à religião de seus habitantes, suas inclinações, sua economia e costumes. Ele valorizava os chamados negócios baixos ou vis. Ele defendia que instruir era educar.
Paulo Freire concebeu a educação como um processo de conhecimento, formação política, manifestação ética como a busca da beleza, formação científica e ética. Além disso, promoveu uma educação humanista voltada para a investigação do indivíduo à realidade nacional. Da mesma forma, definiu a educação como um processo voltado para a libertação e desenvolvimento da consciência crítica. Ele promoveu seu próprio método de alfabetização que influenciou as renovações pedagógicas que ocorreram na América Latina, África e Europa durante a segunda metade do século XX.
José Martí, por sua vez, concebe o modelo educacional como função social transformadora das condições socioculturais e econômicas da população em geral. Pela sua originalidade, a pedagogia de Marti foi pensada apenas para latino-americanos e tem como centro de defesa a cultura desses povos. Da mesma forma, ele concebe a educação como a vida ideal para preparar o homem latino-americano contra seu vizinho poderoso. Ele também percebeu a educação como um direito humano e deu grande importância aos sistemas educacionais, planos de estudo, programas, métodos e atividades que levam à formação de um novo homem.
Para concluir, podemos dizer que quando nos deparamos com a descolonização do pensamento, afirma-se que a colonização é domínio de uma força que impõe seu poder e governa à distância, assim como aconteceu com os povos de nossa América, que foram subjugados pelos grandes impérios que impuseram sua superioridade para subjugar nossos povos nativos. Por outro lado, a descolonização coloca uma luta férrea pela libertação e independência do seu espaço territorial, da sua cultura, dos seus nomes e das suas idiossincrasias. A descolonização do professor tem que ser pautada por um conjunto de ações que permitam a busca apaixonada de novas técnicas e metodologias elaboradas pelos próprios professores pois são eles os verdadeiros conhecedores da realidade educacional, pois um professor em um país neocolonizado como o nosso deve transformar em um educador pesquisador, agitador, trabalhador, rabugento, irreverente, questionador e intelectual orgânico como afirma o professor Luis Bigott em seu livro "O Educador Neocolonizado".