Não consigo ser politicamente correcto com este senhor...
Tiago Brandão Rodrigues tem mais um mandato pela frente, mais quatro anos como ministro da Educação. Um novo ano começa e a comunidade educativa continua a gerir expetativas, a exigir soluções, a pedir consensos. Pede-se ao ministro disponibilidade para o diálogo, maior cooperação institucional, estratégias adequadas. E que defenda os professores.
“Votos de um 2020 que contribua para o progresso de um caminho conjunto a seguir, com intencionalidade na definição de políticas adequadas aos variados contextos educativos, com estratégias que possibilitem cada vez mais a inclusão de todos os alunos, com tempo que permita a apropriação e acomodação das mudanças em curso, fortalecendo a partilha de ideias, de responsabilidades e a cooperação institucional, na construção de uma Escola Pública com sucessos”.
Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP)
“Diria ao senhor ministro para que no novo ano que agora se aproxima continuasse a ouvir as escolas, reforçasse a sua autonomia e confiasse mais nelas. Afinal muitos dos problemas da Educação teriam sido resolvidos se tal tivesse acontecido ao longo dos últimos anos”.
Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE)
“Apelo à disponibilidade para o diálogo e para a busca de consensos com os diferentes atores que intervêm na área da Educação e da formação, de forma a articular pontos de dificuldades e contribuir para as soluções. Neste novo ano que haja disponibilidade do ministro para ouvir propostas e contributos e fazer mais e melhor pela Educação em Portugal, para que os aspetos negativos sejam corrigidos. O futuro da Educação depende da capacidade de atrair novos profissionais, o que significa o desenvolvimento de condições de carreira e de expetativas de carreira”.
João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE)
“Desejo ao ministro que acelere a sua curva de aprendizagem em Educação de forma proporcional ao abandono dos lugares-comuns e chavões dos talking points que lhe são servidos para consumo público. Como prenda, dar-lhe-ia a História do ensino em Portugal do professor Rómulo de Carvalho, clássica mas sempre instrutiva”.
Paulo Guinote, professor, autor do blogue “O Meu Quintal”
“Que este novo ano lhe traga a capacidade para ‘defender radicalmente os professores’, como referiu no passado. E se o silêncio e a indiferença se mantiverem, lembre-se apenas de um número, 25... São 25 os docentes e não docentes agredidos em apenas três meses de aulas. De si, nem uma palavra de conforto, quanto mais defender os professores! Que 2020 o transforme num verdadeiro ministro da Educação, já bastou a orfandade que passámos nos últimos anos...”
Alexandre Henriques, professor, autor do blogue “ComRegras”