(Foto original tirado por mim no Morro da Coruja, em São Paulo, Brasil)
Tirei esta num dos meus lugares preferidos deste mundo. Como muitas coisas na vida, esta vista é também um símbolo pra mim da passagem do tempo.
Ciclos são intrínsecos ao viver, e muitas vezes me percebo refletindo sobre a unicidade e efemerabilidade (será que esta é uma palavra?) de cada um. Creio que há vezes em que só percebo o fim de um ciclo quando outro já tomou seu lugar.
Voltando àquela insustentável leveza que comentei em algum texto, se prender ao que as coisas são, como se tivéssemos algum controle infindável sobre elas, muitas vezes nos impede de viver o que elas realmente são.
A vida se inicia, e assim como todos os ciclos, se encerra. Sinto uma construção social tão pesada em torno dos fins, como se estes não fossem tão naturais quanto o existir; valorizemos também o fechamento das coisas, sem tanto apego pelo que já não é mais. A beleza está em perceber nossa falta de controle sobre o ser.