Guardians of nowhere (An original poem)

in poetry •  8 years ago 

Guardians of nowhere

Before hollow gates
The guardians are standing,
Empty faces,
No expression,
Armed with long spears,
Steel armor.

Without preambles
The passage is granted to me,
After all I'm the owner
Of nowhere.

Of empty moments,
Not lived memories,
Remote feelings,
I made this place.

I can see in the distance
The guardians in position,
Ready to repel
Any invasion.

Why I keep trying
Protect this place?
Why they keep trying
Invade this place?

Despite of this endless prose,
This incessant search,
These empty efforts,
I'm still, in nowhere.

Alone.
Fighting battles,
Yearning fears,
In nowhere.

Stop!
There's nothing here!
In nowhere
Only the void can exist.

Don't try to help me,
Because my exit from this place,
Only I can get,
In nowhere.

Guardiões de lugar nenhum

Diante de portões ocos
De pé estão os guardiões,
Rostos vazios,
Sem expressão,
Armados com longas lanças,
Armaduras de aço.

Sem preâmbulos
A passagem me é concedida,
Afinal sou eu o possuidor
De lugar nenhum.

De momentos vazios,
Memórias não vividas,
Sentimentos distantes,
Eu fiz este lugar.

Posso ver ao longe
Os guardiões em posição,
Prontos para repelirem
Qualquer invasão.

Por que ainda tento
Proteger este lugar?
Por que ainda tentam
Invadir este lugar?

Apesar dessa prosa infinda,
Desta busca incessante,
Destes esforços vazios,
Ainda estou em lugar nenhum.

Sozinho.
Lutando batalhas,
Ansiando receios,
Em lugar nenhum.

Pare!
Não há nada aqui!
Em lugar nenhum
Apenas o vazio pode existir.

Não tente me ajudar,
Pois minha saída deste lugar,
Somente eu posso conseguir,
Em lugar nenhum.

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