Estudante que atirou em escola de Goiânia se inspirou em massacre de Columbine e Realengo, diz polícia

in policial •  7 years ago 

Dois alunos morreram, e quatro ficaram feridos após tiros em sala de aula de Goiânia. Segundo o delegado, autor só não atirou mais vezes porque uma coordenadora interveio.
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O adolescente de 14 anos que atirou nesta sexta-feira (20) contra colegas de sala do Colégio Goyases, em Goiânia, contou à Polícia Civil que se inspirou nos massacres de Realengo, no Rio de Janeiro, e de Columbine, nos Estados Unidos. O estudante foi apreendido após matar dois adolescentes e deixar outros quatro feridos.
"Ele disse que vinha sofrendo bullying, ou nas palavras dele, que um colega estava amolando ele. Inspirado em outros casos, segundo ele como os de Columbine e o de Realengo, ele decidiu cometer esse crime. Ele ficou dois meses planejando a ação", disse o delegado Luiz Gonzaga Júnior, titular da Delegacia Estadual de Apuração de Atos Infracionais (Depai).
O massacre de Columbine deixou 12 alunos e um professor mortos nos Estados Unidos em abril de 1999. Já em Realengo, 12 pessoas foram mortas na Escola Municipal Tasso da Silveira, em abril de 2011.
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Os estudantes João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, ambos de 14 anos, morreram na sala de aula. Os outros quatro alunos feridos, sendo três meninas e um menino, estão internados em hospitais da capital.
Funcionários da escola levaram o autor dos disparos para a biblioteca para aguardar a chegada dos policiais. Ele foi apreendido e levado para a Depai, onde contou que atirou primeiro contra João Pedro porque ele fazia bullying com o suspeito.
"Ele pegou a arma, atirou contra o alvo, e, em seguida, disse que perdeu o controle e teve vontade de matar mais pessoas", contou o delegado.
João Pedro Calembo (à esquerda) e João Vitor Gomes morreram na escola (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera) João Pedro Calembo (à esquerda) e João Vitor Gomes morreram na escola (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
João Pedro Calembo (à esquerda) e João Vitor Gomes morreram na escola (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
O delegado disse que a tragédia poderia ser ainda maior se uma coordenadora da escola não interviesse, pois o adolescente tinha mais munição.
“Ele ia matar todo mundo. Levou dois carregadores para a escola. Descarregou o primeiro, carregou o segundo, deu um tiro, mas foi abordado pela coordenadora. Ele pensou até em se matar, apontou a arma para a cabeça, mas ela o convenceu a travar a arma”, disse Júnior.
Filho de policiais militares, o adolescente atirou com uma pistola .40, que é de uso da PM. O delegado informou que a arma pertence à mãe dele.
"Ele sabia onde os pais guardavam a arma. Ontem ele pegou, guardou na mochila e levou para a escola hoje. Ele disse que ninguém o ensinou a atirar, ele aprendeu sozinho, mas não entrou em detalhes de como aprendeu."
Pistola .40 usada por estudante de 14 anos que atirou em colegas no Colégio Goyases (Foto: Danila Bernares/TV Anhanguera) Pistola .40 usada por estudante de 14 anos que atirou em colegas no Colégio Goyases (Foto: Danila Bernares/TV Anhanguera)
Pistola .40 usada por estudante de 14 anos que atirou em colegas no Colégio Goyases (Foto: Danila Bernares/TV Anhanguera)
Vigília
No início da noite desta sexta-feira, pais, alunos, funcionários e professores da escola começaram uma vigília na porta da instituição onde o atentado aconteceu. Várias pessoas se mobilizaram no local acendendo velas e fazendo orações.
Vigília é realizada na porta da escola particular Colégio Goyases, localizada na Rua Planalto, no Conjunto Riviera, em Goiânia (GO), onde dois estudantes foram mortos e outros quatro ficaram feridos em um atentado a tiros (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo) Vigília é realizada na porta da escola particular Colégio Goyases, localizada na Rua Planalto, no Conjunto Riviera, em Goiânia (GO), onde dois estudantes foram mortos e outros quatro ficaram feridos em um atentado a tiros (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
Vigília é realizada na porta da escola particular Colégio Goyases, localizada na Rua Planalto, no Conjunto Riviera, em Goiânia (GO), onde dois estudantes foram mortos e outros quatro ficaram feridos em um atentado a tiros (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
O que se sabe até agora:
Sequência de fatos:
Colegas relatam que ouviram um barulho
Em seguida, os alunos viram o adolescente tirando a arma da mochila e atirando
Alunos correram para fora da sala de aula
O aluno descarregou um cartucho, carregou o segundo e deu um tiro, mas foi convencido pela coordenadora a travar a arma
Estudante foi levado para a biblioteca até a chegada dos policiais

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