Discutindo Saúde no @brazilians #8

in pt •  7 years ago 

Alô, comunidade! Com a colaboração do @matheusggr, está chegando mais um Discutindo Saúde no @brazilians, trazendo a qualidade que nossa comunidade representa!

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No primeiro post selecionado @helgapn nos traz, com base na teoria de Vygotsky, e formação das Funções Nervosas Superiores, e sua formação, na área da neuropsicologia.

O que traz em encontro minha teorias teorias de estudo na psicanálise, e psicopatologia fundamental, o quanto somos biologicamente modulados pelo ambiente, mesmo que tenhamos um mapa genético, o ambiente é muito importante para nossa formação biológica.

Isso é muito importante, e pouco discutido, quando colocamos tudo na conta da genética.

O meio nos faz quem somos, e temos potencial para elaborar, assim como para destruir, para ter qualidade de vida, assim como para não ter. Isso traz a importância de que somos responsáveis de certa forma pela nossa saúde, e não precisa estarmos doentes para nos dar conta disso.

Além de que a saúde mental, depende muito da cultura que está o indivíduo, da suas vivências, da sua criação, somos todos únicos em biologia e funcionamento mental.

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@julisavio traz mais um post de saúde, na área de psicologia pela Teoria Cognitivo Comportamental, em um post de grande importância, e que reforça que qualquer pessoa pode ser acometido por sofrimento mental.

O conhecimento dessa área, não é salvo conduto para a formação da psique individual, até ajuda entender melhor, todos os seres humanos são propensos a poder passar por sofrimento mental.

É preciso estar atento aos problemas pessoais, as relações, as exigências da vida assim como qualquer pessoa.

É muito desgastante estar em uma área que lida com o sofrimento alheio, e estar disposto a ajudar o outro, a praticar o que se propôs a fazer, tem que ter responsabilidade e saber quais os limites que se deve chegar, no cuidado do julgamento, de não se basear no empirismo e estar em condições de aplicar seu conhecimento em prol do indivíduo, mesmo que seja público ou particular.

Para isso estar em condições mentais de atuar, é imprescindível, é respeitar a ética do seu ofício, é praticar em si o que se propões a fazer pelo outro.

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@felipejoys traz uma pesquisa da relação de macrocefalia e o espectro autista, o Espectro Autista, nome que o DSM V, que é uma reunião nosológica americana, substituiu o antigo nome Austista, e a Síndrome de Asperger, que seria o autismo de alto rendimento.

Inicialmente o autismo, era evidenciado em casos mais graves, e com a elaboração da comunidade científica, foi abrangendo cada vez mais indivíduos que têm a dificuldade de entender o meio social que vivem.

Ainda com poucos dados conclusivos sobre sua etiologia, investigações sobre tudo vão saindo, formando evidências, sobre relações que podem aumentar a incidência do autismo.

Sabe-se que apresentações variadas, de indivíduos que interagem melhor e outros não, e que o estímulo o quanto antes identificado o espectro, faz muita diferença ao decorrer da vida.

Um grande fator que contribuiu a avaliação, é a falta de capacidade de abstração na comunicação social, não no raciocínio, no raciocínio, no cognitivo, os autistas têm um funcionamento normal, e por vezes acima do normal.

É uma dificuldade de entender o mundo de relações, de funcionamento, gostam das mesmas cores, mesmos brinquedos, costumam falar pouco, tem que entender o mundo deles, e não esperar que entendam o nosso, é em qualquer pessoa isso, no autismo mais ainda.

Muitas famílias, ainda mais quando não tem condição financeira, tem dificuldade de melhor suporte de tratamento, o que vem sendo amenizado pela organização de familiares e luta pelos seus direitos.

Não é fácil para os pais o diagnóstico, mesmo assim, vemos o quanto é recompensante o amor e carinho, que vemos na prática, e como faz diferença na qualidade de vida de todos os envolvidos. O dia 02 de abril foi o dia mundial da conscientização do autismo, e aproveito para trazer um pouco sobre autismo aqui.

Conheça o projeto Brazilian Power, cuja meta é incentivar a criação de mais conteúdo de qualidade, conectando a comunidade brasileira e melhorando as recompensas no Steemit. Você sabia que também pode nos apoiar delegando um pouco de Steem Power e receber por isso? Obrigado!


“Justamente porque tenta sempre reconstituir e reconstruir com o dado, a inteligência deixa escapar aquilo que há de novo em cada momento de uma história. Ela não admite o imprevisível. Assim, concentrada sobre o que se repete, unicamente preocupada com soldar o mesmo ao mesmo, a inteligência desvia-se da visão do tempo. Ela tem aversão pelo fluente e solidifica tudo o que tocou, nós não pensamos o tempo real, nós o vivemos.”

Bergson, (Evolução Criadora)


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Adorei! Esse projeto é maravilhoso! Quantos ótimos posts vem surgindo... Parabéns, pessoal!

Ótimo trabalho, pessoal!

Posts muito bons! Parabéns para os autores!

Obrigado pela menção.

Síndrome de Asperger não é o antigo nome para autismo de alto funcionamento. Síndrome de asperger é outra coisa.

Autista de alto funcionamento era chamado de autista de alto funcionamento mesmo.

Depende da referência que você estuda. A descrição dos dois foram distintas, porém na interpretação da clínica ficou claro, as mesmas características. Devido a diversidade da clínica, o nome que antes era Autismo, Síndrome de Asperger, e outros como Autismo de Alto funcionamento, deram lugar ao abrangente conceito de espectro no DSM V. Em uma linguagem de fácil entendimento, esse site do instituto pensi, tem um pouco desse conceito, caso tenha uma referência que respalde essas diferenças, nas nosologias atuais, pode trazê-las para conhecimento dos leitores, a literatura e conhecimento não tem fim, sempre é bom aprender. http://autismo.institutopensi.org.br/wp-content/uploads/manuais/Manual_para_Sindrome_de_Asperger.pdf

Não tem como ser sinônimo de forma alguma, pois fora/antes do DSM-V são coisas distintas, e pelo DSM-V nem sequer se usa outros termos além de "espectro autista" e "está/estou no espectro".

Essa consolidação ocorreu porque havia muito diagnóstico errado que prejudicava muito os pacientes por terem que passar por tratamentos que só pioravam seus casos, e essa mudança, junto de um tratamento mais universal para todo o espectro, melhorou o quadro geral.

Mas, na prática, ser áspie é muito diferente de ser autista, independente de nível de funcionamento. Talvez seja um pouco similar superficialmente e na origem, mas a curva de habilidades, dificuldades e desenvolvimento apresenta muitas diferenças fundamentais.

Há muitas condições psiquiátricas sobre as quais não entendo, mas duvido que haja muitos profissionais mais capazes, estudados e experientes no assunto do que eu neste assunto, sinceramente. Mesmo que duvide, espero que considere que isso possa mesmo ser verdade.

PS: Seu voto inicial foi de 100% e depois mudou para 50%, cuidado, você acabou gastando 1 voto e meio, pois seu vote power não é recarregado ao retirar um voto. Fonte: testei agora pra ter certeza.

Aí já é uma questão de opinião. Na medicina usamos referenciais, tem que se usar, não se pode emitir opinião, nem laudar. A clinica do autismo vem sendo estudada, e a medicina baseado em evidencias, só demonstra o que foi tido evidências. Antes no DSM IV diferenciava, talvez no DSM VI, pode mudar o posicionamento nosológico, o autismo é uma palavra que foi utilizada na medicina de forma totalmente diferente, e pode significar em opinião condições diferentes. A base é a mesma, a apresentação é totalmente diferente, no espectro autista em si não há deficiência intelectual ou nada, só quando associados com outros fatores. Tem um livro interessante do Oliver Sacks, O antropólogo em marte, que traz o asperger de forma bem interessante. As referências nosológicas servem para fins institucionais, políticos e jurídicos. Elas não resumem as pessoas aos nomes instituídos, e muitas das vezes são falhas, pois não conseguem dar conta da apresentação real. Por isso no profissional, quando nos referimos, referimos a referência atual, caso mude, mudaremos a forma de referir. Tem muitas coisas que não concordo com DSM V também, e isso que faz as atualizações serem necessárias de acordo com o tempo. Eu pessoalmente gosto do termo Síndrome de Asperger, mas não é um termo contemplado na medicina atual, assim como muitas clinicas que acredito que deveriam, mas ai já é opinião. Sobre o voto, estava economizando, queria dar 50%, mas está dando erro direto, fiz isso algumas vezes, não alterou o poder de voto, mas se achar alguma coisa também pode me avisar, já fiz isso umas 10x hoje. kkk

Bom... O que eu realmente quero dizer, acima de tudo: áspies são algo específico que não se enquadram com as variações autistas. É tipo... errado colocar no mesmo grupo. É confuso tanto para áspies quanto para autistas, tanto para paciente e médico quanto para familiares, pois realmente são condições muito diferentes.

Se você me colocar do lado de outro áspie, verá que a gente concorda em muita coisa, vê quase tudo mais ou menos com a perspectiva, incluindo no jeito que nossa cabeça funciona e como os outros nos vêem, mesmo que tivermos personalidades muito distintas.

Mas se me colocado do lado de outro autista, verá que um simplesmente não tem nada a ver com o outro além de dificuldades sociais, e mesmo essas ocorrem por outro motivo.

Colocando de outro jeito: dizer que ser áspie é sinônimo de qualquer tipo de autismo que seja é igual a dizer que esquizofrenia e bipolaridade podem ser a mesma coisa.

Acho que o site busy.org oferece ajuste de voto com maior facilidade.

Entendo. Na minha opinião mesmo, há um esforço de parte comunidade americana e europeia, centrado em objetivar clínicas, devido a imensa variação de nosologias entre os continentes, e facilitar as políticas institucionais, o que é muito críticado por outras comunidades cientificas, da qual me incluo. A própria esquizofrenia também passou a ser englobado no espectro da esquizofrenia. E também engloba muitas apresentações diferentes da psicose. Estamos em meio a um imenso debate teórico sobre essas nosologias, em vários aspectos, desde clínicos, biológicos e consequentemente nosologicos. O DSM V, assim como o CID 10, está longe de ser o que minhas referencias de estudo direcionam, é generalista, empobrece a nossa clínica. Só que são os atuais, e temos que referir como as nosologias atuais para fins jurídicos e de explicação. É algo interessante o que você traz, não tenho uma grande experiência nessa distinção na prática, já que tive poucos casos, com a clinica do autismo e só li sobre o asperger. Vou ficar atento a publicações sobre esse assunto, tenho um professor que entende muito dessa área também para ver a experiencia dele, e mesmo assim talvez seja uma verdade ainda não contemplada pela ciência atual, como muitas verdades que a medicina não conseguiu alcançar, em um caminho que vejo claramente em outras clinicas nas nosologias atuais, como o espectro da esquizofrenia e transtorno bipolar do humor, que vem esquecendo o passado, e tornando-se uma medicina menos humana e longe da proposta de conseguir através das nosologias atuais, contemplar o que o conhecimento médico dispõe.

Bom, o objetivo de diagnosticar e tratar é fazer com que os pacientes lidem melhor consigo mesmos e com o ambiente, então desde que esteja funcionando (e parece estar melhor que antes), só elogios para a medicina.

Eu quis mais diferenciar os indivíduos em si, e acho que transmiti bem a ideia. Concorda?

Trouxe sim. Entendo a diferença ser possível, mesmo que a medicina atual não contemple, muito está sendo elaborado ainda, e temos muito a elaborar ainda, talvez nunca acabe. O importante é não estarmos fechados ao conhecimento, o diagnostico nos serve, não servimos ao diagnostico. Uma coisa que precisa ser bem diferenciada na medicina atual.