Desinformação: Ex-Chefe de Espionagem Revela Estratégias Secretas para Solapar a Liberdade, Atacar a Religião e Promover o Terrorismo (Ion Mihai Pacepa; Ronald J. Rychlak)

in pt •  6 years ago 

Em março de 1996, uma notícia impressionante sobressaltou a consciência americana. O Conselho Nacional de Igrejas (NCC, em inglês) e o Centro para Renovação Democrática (CDR, em inglês), duas organizações sigilosamente comunistas sediadas nos Estados Unidos, fizeram uma coletiva de imprensa para anunciar “um imenso crescimento” de casos de igrejas de negros incendiadas nos Estados Unidos.

No dia 8 de junho, o presidente Bill Clinton denunciou esses incêndios em um discurso de rádio e propôs uma nova força-tarefa federal para investigá-los. O presidente falou, emocionado, sobre as suas próprias “recordações vívidas e dolorosas de igrejas de negros sendo queimadas em meu próprio estado [Arkansas] quando eu era criança”. Acusando a “hostilidade racial” de ser a força motriz por trás dos incêndios, ele se comprometeu a empregar toda a força do governo federal na investigação. Em 15 de junho, o FBI e a Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF, em inglês) designaram 200 agentes federais para uma força-tarefa incumbida de investigar os incêndios de igrejas de negros. Em julho os relatos de incêndios praticados contra igrejas de negros cresceram exponencialmente, tendo aparecido mais de 2.200 artigos a condenar o que o Centro para Renovação Democrática chamou de “um movimento supremacista branco bem-articulado”.

A história se espalhou como fogo no mato, em toda parte inflamando pessoas honestas contra os supostos americanos racistas responsáveis por crimes tão terríveis. De Genebra, na Suíça, o Conselho Mundial de Igrejas (WCC, em inglês) — afiliada da internacional do Conselho Nacional de Igrejas — enviou 38 pastores a Washington para dar ao governo e povo americano mais informações sobre essa tragédia racista sem precedentes.

Em 13 de julho, o presidente Clinton assinou o Ato de Prevenção de Incêndios de Igrejas de 1996, o qual tornou crime federal incendiar igrejas. Em 7 de agosto, ele também assinou um orçamento de 12 milhões de dólares para combater incêndios a igrejas de congregação negra. Poucos dias depois, o Conselho Nacional de Igrejas publicou anúncios de página inteira no New York Times, no Washington Post e inúmeros outros jornais, pedindo doações para o seu novo “Fundo para Igrejas Incendiadas”. Em 9 de agosto, o Wall Street Journal noticiou que o Conselho “levantara quase 9 milhões de dólares” e que as doações prosseguiam ao ritmo de quase “100 mil dólares por dia”.

Até que a casa caiu. Por fim foi revelado por um grupo privado, a Associação de Proteção Nacional contra Incêndios, que em anos recentes houve bem menos casos de igrejas incendiadas que o usual, e funcionários de órgãos de polícia do Sul não conseguiram confirmar que sequer um deles tivesse sido por motivação racial. Nenhuma igreja foi queimada no Arkansas durante a infância de Clinton, apesar de suas “recordações vívidas e dolorosas”, e o Conselho Nacional de Igrejas foi acusado de fabricar “uma imensa notícia falsa de incêndio de igrejas”.

O comum dos americanos viu a notícia falsa do NCC/CDR como simplesmente um deslize e a esqueceram. Ninguém dentro ou fora do país se perguntou, em primeiro lugar, por que se divulgara toda essa falsidade caluniosa. O estrago político estava feito, contudo.

[…]

A pista para compreender a significância da mentira sobre incêndios a igrejas de negros está no fato documentado de que o Conselho Mundial de Igrejas, que lançou e promoveu a notícia, foi infiltrado e por fim controlado pelo serviço de inteligência russo desde 1961. O Arquivo Mitrokhin, uma coleção volumosa de documentos do serviço de inteligência estrangeiro soviético que foram contrabandeados para fora da União Soviética em 1992, dá as identidades e os codinomes da inteligência soviética de muitos padres ortodoxos russos despachados, ao longo dos anos, para o Conselho Mundial de Igrejas com o objetivo específico de influenciar a política e as decisões desse órgão. De fato, em 1972 a inteligência soviética conseguiu ter o Metropolita Nikodim (agente “Adamant”) eleito presidente do WCC. Um documento da KGB de 1989 se vangloria: “Agora a agenda do WCC é também a nossa agenda”. Mais recentemente, o Metropolita Kirill (agente “Mikhaylov”), o qual fora um representante influente no Conselho Mundial de Igrejas desde 1971 e, após 1975, um membro do Comitê Central do WCC, foi em 2009 eleito patriarca da Igreja Ortodoxa Russa.

O citado ataque infamante aos Estados Unidos e suas igrejas não tinha de fato nada de surpreendente. Reflete como o Kremlin tem ao longo de séculos preferido alcançar suas políticas internas e externas por meio de logros complexos.

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