prof. João Batista Garcia Canalle, coordenador nacional da OBA
O prazo para as inscrições na 22ª edição da OBA - Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, a maior olimpíada científica do país, bem como para a 13ª MOBFOG - Mostra Brasileira de Foguetes, foi prorrogado até o dia 31 de março, próximo domingo.
A OBA, que organiza a MOBFOG, é coordenada por uma comissão formada por membros da SAB - Astronômica Brasileira e da AEB - Agência Espacial Brasileira. E conta com o apoio do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e da UNIP - Universidade Paulista.
No regulamento, disponível no site oficial, você pode saber mais detalhes da competição que escolhe os melhores estudantes do nosso país para representarem o Brasil na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica e na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica, ambas no ano que vem. Os participantes desta 22ª edição ainda vão concorrer a vagas na Jornada Espacial que acontece em São José dos Campos, SP, onde recebem material didático e assistem a palestras de especialistas.
Vale lembrar que a OBA é dividida em quatro níveis. Os três primeiros são para alunos do ensino fundamental e o quarto para estudantes do ensino médio. A prova é composta por dez perguntas, sendo sete de astronomia e três de astronáutica. A maioria das questões é de raciocínio lógico, valorizando os estudantes que sabem ler, interpretar e pensar sobre os dados fornecidos. Mas é claro que conhecimentos específicos também são exigidos. Para estudar e aprender, os estudantes podem consultar as provas das 21 edições passadas disponíveis no site com as respectivas resoluções. E tem, também, no mesmo site, vasto material didático disponível para download. Além disso, um aplicativo gratuito que roda em Android e iOS que permite ao estudante realizar simulados da OBA. Não tem como alguém reclamar de falta de material para turbinar os seus estudos!
Escolas públicas e particulares que ainda não participam da OBA devem se cadastrar pelo site www.oba.org.br. Escolas participantes desta olimpíada no ano passado estão automaticamente cadastradas e poderão participar com seus alunos desta divertida e instrutiva competição. Basta baixar a prova na área restrita, usando os dados de login/senha do ano anterior, e depois lançar as notas no site no prazo oficial, como explicado no regulamento.
De acordo com o Dr. João Batista Garcia Canalle, astrônomo da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenador nacional do evento, a OBA pretende “ levar a maior quantidade de informações sobre as ciências espaciais para a sala de aula, despertando o interesse nos jovens”.
Participo da OBA com meus alunos desde as primeiras edições. E recomendo!
Um pouco da história da OBA
Em 22 anos de existência, a OBA já mobilizou cerca de 10 milhões de participantes e distribui anualmente cerca de 50 mil medalhas. A edição de 2018 teve a participação de 770.338 estudantes de 8.456 escolas de todos os estados do Brasil e do Distrito Federal, além de duas do Japão.
Dentre milhões de brasileiros que tiveram a trajetória transformada através da OBA está a jovem Miriam Harumi Koga, 19 anos, de Guarulhos, SP, medalhista da olimpíada em 2016, e a grande destaque na edição de 2017 da Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica, conquistando a medalha de ouro, dentre outros prêmios. Tamanho sucesso resultou na sua aprovação para duas universidades nos Estados Unidos, onde hoje reside e trabalha. Além disso tudo, ela ainda idealizou um projeto de apoio à participação feminina na ciência.
“Aos nove anos, tive a oportunidade de participar pela primeira vez da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica e testar meus conhecimentos na área de astronomia de forma desafiadora. A partir de então, passei a estudar astronomia com frequência, sempre participando da OBA e sonhando em representar o Brasil em alguma competição internacional sobre o assunto. Aprender sobre a física do universo me deixa deslumbrada e, com a medalha de ouro na Olimpíada de Astronomia e Astronáutica, muitas oportunidades se abriram" – revelou Miriam.
MOBFOG
Paralelamente à OBA, neste ano acontecerá a 13ª MOBFOG - Mostra Brasileira de Foguetes. O evento avalia a capacidade dos estudantes de construir e lançar, o mais longe possível, foguetes feitos de garrafa pet, de tubo de papel ou de canudo de refrigerante.
A MOBFOG é voltada para alunos dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e particulares de todas as regiões do país. Jovens que concluíram o ensino médio podem participar, desde que representando a instituição na qual se formaram, com a concordância da mesma ou pela Universidade se já nela estiverem. O evento acontece dentro da própria escola e tem quatro níveis.
O cadastramento de escolas para a MOBFOGé o mesmo da OBA. E o prazo, como já dito anteriormente, foi prorrogado para 31/março. Aproveite!
Abraço do prof. Dulcidio. E Física e Astronomia na veia!
Já publicado no Física na veia!
- Oba, hoje tem OBA!
- OBA 2018: já temos as resoluções oficiais das provas
- Quatro outros e uma prata na OLAA
Este texto também foi publicado no Física na veia! | UOL Ciência neste link.
Como deve ser fantástico poder fazer parte duma experiência dessas aos 9 anitos...
Sucesso para a edição, que todos aprendam, se deslumbrem e se divirtam. :D
ptgram
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Olimpíadas estudantis são fantásticas @isabelpereira!
Abraço. E Física na veia!
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Eu acho que esse tipo de olimpíada deveria ter uma divulgação digna de seu magnitude!
Abraços!
ptgram
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Tenho certeza de que sim @alexandrecseco!
Neymar, aos 17 anos, já era "celebridade". Estudantes da mesma idade, medalhistas em olimpíadas internacionais, são desconhecidos.
Esta assimetria é muito burra. A continuar assim, levaremos séculos para sermos uma Nação séria.
Abraço. E Física na veia!
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Queria muito ter conhecido esse evento quando eu estava na escola, sempre fui fã de astronomia!
Ptgram
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No meu tempo de escola nem existiam tais competições @thomasmmaker.
Evoluímos!
Mas a valorização real deste tipo de evento pela sociedade ainda é pequena. A caminhada ainda é bastante longa!
Abraço. E Física na veia!
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