Um viajante do tempo me contou que no futuro eles utilizaram a pena virtual de putrefação. O código do programa teria sido criado por um grupo de ativistas que estavam sedentos para dar uma pena justa para aqueles que perpetravam crimes cada vez mais hediondos. A PVP era baseada em simulação rodando num supercomputador quântico.
Depois de terem a mente conectada ao supercomputador, os assassinos apodreciam espiritualmente de forma diretamente correlacionada aos corpos daqueles que eles mataram. Programas computacionais conectados aos cérebros simulavam exatamente as fases que os corpos de suas vítimas passaram. Assim, durante alguns dias, os assassinos experimentavam o sofrimento de ter a própria alma apodrecendo.
O programa foi criado a partir da revolucionária teoria que mostrava que a essência do ser (a morada da consciência) podia ser “consumida e processada viva” por entidades artificialmente produzidas (a consciência podia experimentar a própria decomposição).
O sofrimento obtido era classificado como justo, pois, de forma matemática, estava conectado ao que os criminosos tinham causado. Não era a pura e irracional vingança dos tempos antigos.
O sofrimento era monitorado precisamente para equivaler exatamente à sentença, que era definida com base na simulação de quanta felicidade havia sido ceifada pelo assassinato praticado.
Sob pressão popular, o estado resolveu implantar aquele sistema de punição. Mas, como qualquer coisa gerida pelo estado, algo deu muito errado. O supercomputador no qual a simulação rodava acabou sendo invadido. Não se sabe se intencionalmente ou não. O que se sabe é que um hacker conseguiu invadir o sistema. Ele teve acesso ao local onde uma alma apodrecia. Acesso ao material perfeito para incubar uma nova forma de verme que se alimentaria da entidade em putrefação. Assim, foram implantados no sistema códigos prontos para se replicarem aproveitando-se do processo (como “ovos” depositados numa massa putrefata).
A interferência foi detectada pelo sistema, mas ignorada pelo operador. Talvez por que ela tornava a putrefação da alma criminosa ainda melhor.
Então, em poucos dias, como moscas que ganham asas e se lançam no espaço a partir do corpo de cadáveres, algo surpreendente aconteceu. As larvas que se alimentavam da alma em putrefação metamorfosearam e saltaram direto para o mundo real. Um era de horror estava por vir
Continua
Depois de terem a mente conectada ao supercomputador, os assassinos apodreciam espiritualmente de forma diretamente correlacionada aos corpos daqueles que eles mataram. Programas computacionais conectados aos cérebros simulavam exatamente as fases que os corpos de suas vítimas passaram. Assim, durante alguns dias, os assassinos experimentavam o sofrimento de ter a própria alma apodrecendo.
O programa foi criado a partir da revolucionária teoria que mostrava que a essência do ser (a morada da consciência) podia ser “consumida e processada viva” por entidades artificialmente produzidas (a consciência podia experimentar a própria decomposição).
O sofrimento obtido era classificado como justo, pois, de forma matemática, estava conectado ao que os criminosos tinham causado. Não era a pura e irracional vingança dos tempos antigos.
O sofrimento era monitorado precisamente para equivaler exatamente à sentença, que era definida com base na simulação de quanta felicidade havia sido ceifada pelo assassinato praticado.
Sob pressão popular, o estado resolveu implantar aquele sistema de punição. Mas, como qualquer coisa gerida pelo estado, algo deu muito errado. O supercomputador no qual a simulação rodava acabou sendo invadido. Não se sabe se intencionalmente ou não. O que se sabe é que um hacker conseguiu invadir o sistema. Ele teve acesso ao local onde uma alma apodrecia. Acesso ao material perfeito para incubar uma nova forma de verme que se alimentaria da entidade em putrefação. Assim, foram implantados no sistema códigos prontos para se replicarem aproveitando-se do processo (como “ovos” depositados numa massa putrefata).
A interferência foi detectada pelo sistema, mas ignorada pelo operador. Talvez por que ela tornava a putrefação da alma criminosa ainda melhor.
Então, em poucos dias, como moscas que ganham asas e se lançam no espaço a partir do corpo de cadáveres, algo surpreendente aconteceu. As larvas que se alimentavam da alma em putrefação metamorfosearam e saltaram direto para o mundo real. Um era de horror estava por vir