Somos frutos de nossas escolhas ou já nascemos pré-destinados a viver o que vivemos?

Esses últimos dias eu tenho me dedicado a refletir sobre minha vida, minhas escolhas e aproveitando para fazer uma autoanalise acerca de tudo. O que me veio à cabeça foi, se as minhas escolhas fossem diferentes a minha vida seria a mesma de hoje ou não? Veio-me a mente quando algumas pessoas diziam que “Deus escreve certo por linhas tortas”, seria improvável alterar o curso de nosso destino? Sim, tenho muitas interrogativas na minha cabeça, porém algumas semanas debruçadas sobre minha própria história me conectando a minha própria existência eu me deparei como muitas vezes somos permissivos com as coisas que nos cercam, provocamos a tempestade e depois reclamamos da chuva que nos molha.

Eu percebi que eu tenho certa dificuldade em encarar e lidar com o real, nem sempre o real é tão agradável aos olhos e ao coração, mais é imprescindível assumir essa posição para conseguirmos colocar as coisas em seu determinado lugar. Com essa nova consciência comecei a observar todas as coisas desagradáveis que vinham ocorrendo e por que de toda recorrência, era uma cacetada atrás da outra, até que quando comecei a me questionar por que eu não evitava, então descobri que eu estava acostumado com tudo isso, estava sendo cômodo pra mim. Geralmente quando nos adaptamos com uma trabalho, um relacionamento amoroso  ou até mesmo um estilo de vida é muito difícil imaginar uma vida fora daquilo que já faz parte do nosso “eu”,  e com isso as vezes se torna impossível conseguir perceber os danos físicos, mentais e sociais que nos provocam e isso não tem haver com destino ou sorte e sim as escolhas ou até mesmo a falta dela.

Eu ainda não consegui resolver tudo, porem decidi zerar minha vida e começar do nada, primeiro passo tem sido me conhecer e me escutar, coisa que nesses 27 anos as vozes que eu ouvia era dos outros. Tem sido um desafio passar esse tempo comigo mesmo, por que eu nem sei mais o que eu gosto de fazer, ouvir, onde ir, assistir sinto que até a identidade eu perdi. Acredito que o principio seja esse mesmo, a partir do momento que estou bem como meu eu interior tenho condição de lidar com o mundo externo, sabendo que eu existo independente de influencias sejam elas quais forem, a priori a motivação da vida de qualquer um deveria ser intrínseca não desfazendo de outros tipos de motivações.  

No fim tudo se torna aprendizagem, a algum alguns dias eu ouvi que devemos aprender na abundancia e muito mais na falta dela, ambas as situações apesar de diferentes nos traz grandes lições!!!!