A maldade de mandar os soldados para as guerras- Agora entendo o motivo do alistamento ser obrigatório!!!!

in pt •  6 years ago 

Ola gente, boa tarde

Hoje vou falar sobre o que penso ser maldade em relação aos soldados irem para a guerra, seja qualquer guerra, geralmente é sempre o mesmo mecanismo utilizado atualmente.

Primeiramente, sou contra as guerras. Penso que algumas são necessárias, até pelo motivo de defender-se de algum tipo de roubo, principalmente os de território, por exemplo. Porém, jamais atacaria para algo desse tipo.

A questão que coloco hoje, é a comparação feita entre guerras antigas e as guerras atuais( de mais ou menos 100 á 300 anos para cá. São atuais comparando o tanto de anos percorridos desde que o mundo é mundo) em que os generais ou qualquer outro tipo de soldado que tinha uma alta patente possuía como comportamento.

Citando 3 filmes que uma grande parte de vocês devam ter visto, que são "Alexandre o Grande" ; " O último Samurai" e "300 de Esparta".

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fonte: http://faithsfable.blogspot.com/2015/09/AlexanderTheGreat.html

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fonte: http://film.onet.pl/ken-watanabe-kadry-z-filmow/6e2mv

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fonte: http://www.upcoming.nl/marleen/11862/lachen-is-gezond-schelden-is-gezonder-en-enorm-sexy

Vocês entendem como funciona o esquema relacionado ás batalhas nesses filmes?? Não só nesses filmes, mas, imagino que em grande parte das batalhas que aconteciam nessas épocas, os generais, líderes ou alta patente do exército, seja qual for a palavra utilizada, em situações de batalha, além de comandarem seus exércitos com sua habilidade tática e sua experiência de guerra, iam á frente do grupo, ou seja, entravam na batalha e quando a luta começava eram apenas mais um no campo de guerra, podendo morrer da mesma forma que um soldado considerado comum morreria.

Ou seja, eram líderes que remavam junto á seus soldados. Caso saíssem vitoriosos de uma guerra, dividiam o triunfo entre si. Imagino que, em minha opinião, esses soldados que possuíam esse tipo de general, que batalha ao lado deles, iam para a guerra com um "espírito" beligerante praticamente inabalável, pois, sabiam que a pessoa que os colocou em guerra, estava ali ao lado deles, dividindo o campo de batalha.

Por outro lado, as guerras feitas nas últimas centenas de anos, quando começaram á surgir questões relacionadas ao militarismo atual, onde as patentes possuem forte influência na tomada de decisões e não podem ser jamais questionadas, fazem com que criem-se muitas e muitas castas dentro desse sistema e os poderosos fiquem separados dos soldados, pois, em sua mente, soldados são vistos apenas como meras peças em um xadrez. Caso morram em batalha, são considerados por seus próprios líderes como "baixa de guerra".

Essa questão me lembra os filmes americanos, que os generais são até retratados com um certo humor. Geralmente ficam ali na Casa Branca e são mostrados sempre tendo uma visão bélica. Aí, "apertam um botão" e o país entra em guerra. Porém, enquanto os soldados estão morrendo, este general continua calmo e tranquilo em sua casa apenas indo á Casa Branca para dar novas ordens.

soldados guerra.jpg
fonte: autor desconhecido

Vemos claramente nesse desenho que enquanto os soldados vão para guerra e apenas alguns retornam, os comandantes estão ganhando medalhas de condecoração, fazendo apenas o trabalho de informar-se sobre suas "baixas" e direcionando suas "peças comandáveis" para onde ele quer ganhar território.

Penso que, para acontecer isso, é necessário que os soldados, quando entram no exército, sofram uma certa "modificação de crenças" para tornarem-se cães de guerra mesmo, ou seja, são adestrados para entrar em um embate físico que pode retirar a vida deles e perdem a capacidade de reflexão sobre essas diferenças entre eles e quem os comanda.

O Brasil não possui muito essa questão, pois é um país que não entra em guerra e possui uma chance muito pequena de entrar. Porém, em outros países, essa modificação de crença é alta demais. Sei que os muçulmanos são manipulados para acharem que, quando morrerem, irão para o céu deles e lá, terão a compania de várias virgens, ou seja, caso eles morram durante a guerra, terão uma vida eterna feliz.

Muito assédio moral é produzido nesses locais para retirar a capacidade reflexiva e de reação da pessoa para criar nela uma certa "crença de desamparo", fazendo-a pensar que não adianta reclamar de nada, pois a situação não vai mudar. Ela não reclama e nem age sobre isso, pois acha que suas reações não darão em nada, além de ter em mente que, caso reclame ou reaja, sofrerá alguma punição.

Isso na psicologia é estudado pelo Behaviorismo, que faz a análise do comportamento. Uma punição positiva ou negativa é colocada sempre que o sujeito pratica alguma ação contrária á de quem está manipulando-o quer que seja feita. Em outro texto, falarei mais sobre punição e reforço. Mas, por hora, saibam que quando a pessoa manipulada age de forma dissonante á seu manipulador, ela é punida e isso faz com que seu comportamento seja extinguido em médio e longo prazo, por medo de sofrer punições. Isso, dentro de um exército é um perigo, pois, cria soldados que sofrerão muita violência de seus comandantes(vários tipos de assédio) e , por medo, nunca reagirão contra eles, porém, serão extremamente violentos com os soldados adversários, que já acho muito errado e, poderão ser violentos com os civis, pois, acumularão muito assédio moral dentro deles, não podendo reagir, fazendo com que ocasionalmente reajam com uma violência fora do comum, não por maldade, mas por dificuldade de lidar com os pensamentos e emoções relacionados á esses assédios sofridos.

Isso acontece em qualquer local que tenha que utilizar a violência para conter ou vencer um adversário, pois, as pessoas são treinadas para tornaram-se violentas e descontarem todo o assédio sofrido em quem "julgam" estar do outro lado.

Enquanto escrevi essa postagem, surgiu-me a idéia de fazer outra postagem sobre isso, abordando questões relacionadas á reforço e punição. Agradeço a leitura e gostaria de ler o comentário de vocês.

Obrigado e boa tarde!!!!!

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Seria bom não ter guerras? Seria, mas isso é possível, certamente não então temos que aceitar que existe e tentar estudar pra lidar da melhor forma possível.

Sobre a questão que você comenta no início de antigamente os líderes irem na linha de frente como mostram os filmes, isso é historicamente preciso? Não sei ao certo isso para ser sincero mas de ambas as formas se usarmos a lógica podemos ver alguns padrões. Se de fato iam, imagino que se numa guerra um brilhante líder militar for o primeiro a morrer a nação como um todo seria impactada já que viraria uma zona, se o cara q da ordem morreu o que fazer?

Talvez por isso militares de maior cargo não participam ativamente. Foi gasto tempo e recursos para preparar o cara para ter noção de como liderar um exército com táticas, tecnologias e tudo mais, seria um desperdício colocar ele na linha de frente para por tudo a perder já no início.

Sobre castas, segregação e assédio, sim ocorre, concordo com tudo, mas ainda acho que existe um motivo para a comunidade militar ser assim. Mesmo muito errado e ser um ambiente um tanto hostil tem um propósito ser assim e não vejo como funcionar de outra forma.

Dentro das nossas forças armadas (que não são lá essas coisas) temos algumas divisões básicas, como por exemplo o soldado que vai varrer rua e limpar canteiro no seu serviço obrigatório, o soldado que entra para ser oficial, o concursado que tem atividade especialista em algo, as vezes nem relacionado com militarismo, e o oficial de carreira. Obviamente o numero de soldado que varre rua é imensamente maior que todos os outros juntos, por diversos motivos, mas a organização forcas armadas precisa de muita gente, seja para operar tudo e defender o pais ou seja para ser um mero peão em um campo de batalha. Isso a nível Brasil, agora vendo países mais militarmente ativos a coisa é mais complexa e estruturada ainda.

Mas seguindo a analogia que você fez com xadrez, de fato a maior parte vai ser os mais dispensáveis, e isso não é novo, visto que metade das peças de cada jogador é peão e o jogo vem sendo jogado a pelo menos 1000 anos.

Sobre a parte psicológica no final do seu texto não vou nem me arriscar a entrar, pois não é nem de longe minha área de conhecimento hahahaa.

E para finalizar, seguindo o tema, deixo aqui o melhor vídeo a respeito das forças armadas brasileiras.

Excelente comentário man. Sei que isso acontece nas forças armadas. Essa divisão e tal que faz com que alguns cresçam lá dentro e outros permaneçam para serem usados pelos que cresceram. Porém, isso para mim soa um pouco desumano. Esse vídeo seu aí bem engraçado mostra uma parte do treinamento deles. Eu já vi outro, em que até apanham durante uma passagem por um rio. Acho que a pessoa entra de uma forma e sai de lá outra, com a cabeça um pouquinho transtornada!!!!!

Em relação aqueles filmes, do Alexandre o Grande, por exemplo, sei que os historiadores relatavam que ele ia em todas as batalhas, claro que ele tinha homens especliazados que ficavam em sua retagguarda, mas, há uma diferença imensa entre ele entrar na batalha e poder ser alvejado e ficar sentado em frente á um computador vendo apenas o pessoal morrendo....

Agradeço a leitura e comentário!!!!

Importantes reflexões. Será que um dia vamos evoluir para uma sociedade na qual as guerras sejam coisa do passado?

Pesquisando aqui descobri alguns dados curiosos, por exemplo o Brasil gasta mais com as forças armadas do que Israel, já a Costa Rica nem sequer possui um exército.

Enquanto isso o mundo todo gastou em 2015 por volta 1,7 trilhão com guerras, compra e manutenção de material bélico e tropas, etc. De lá pra cá deve ter aumentado. Não seria melhor investir boa parte desta quantia em comida, saúde e educação?---

ptgram power

Saudações, Pedro
Com certeza, seria, mas, não é interesse fazer isso para quem está no poder, pois as guerras geralmente possuem interesses econômicos. Se elas nõa acontecerem, países deixarão de ganhar dinheiro. A única guerra que não vejo como motivo econômico é entre ISrael e Palestina, pois envolve conteúdo religioso. Mesmo assim, outros países fornecem armas para eles, pois cara um possui interesses na vítória de um dos lados...

Obrigado pela leitura e comentário!

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Muito obrigado!!!

Gostei do seu texto. Estava aqui escrevendo um comentário com a ingênua intenção de completar o Ptgram, quando dei por mim, estava com um post. Como havia oferecido ao @casagrande um post ao @brazilians sobre post que considero destaques que dialoguem com História dessa semana, vou guardar meu comentário pra sair nessa postagem. Nele gostaria de contribuir a partir do meu olhar de um historiador com alguns complementos e sugestões para discussão, se me permitires.

Quem sabe no futuro, talvez, nós possamos mais posts sobre essa temática num formato de disputatio Medieval???? Ideias estão fervilhando em minha mente no momento!

Abraço e até a próxima!Logo-50.png

projeto #ptgram power

ok man, obrigado pela leitura e comentario

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