RE: Quando a brincadeira vira coisa séria

You are viewing a single comment's thread from:

Quando a brincadeira vira coisa séria

in pt •  7 years ago 

Os dois casos têm uma diferença importante: no primeiro, não há agressão alguma. No segundo sim.

Os caras brincando com a russa estavam brincando e expressando uma opinião. Não a agrediram, não a forçaram a nada. Apenas brincaram.

Podemos achar a brincadeira babaca, estúpida, ou engraçada. Ao acharmos bom, ou ruim, estamos também tendo uma opinião.

No segundo caso o cara invade a propriedade privada da jornalista. Isto é agressão. É sempre errado. Se a jornalista devolvesse uma bela de uma paulada no cara, estaria agindo em defesa de sua propriedade privada recém invadida.

Em suma: opinião é livre. Podemos discordar, concordar, ou nem ligar. Agressão? Não tem justificativa (a não ser em defesa).

Authors get paid when people like you upvote their post.
If you enjoyed what you read here, create your account today and start earning FREE STEEM!
Sort Order:  

Eu acho que existe a agressão física, obviamente, mas também a agressão verbal. Pra mim ambas são igualmente agressões, só mudando a forma de agir.

Sim. Se o tratamento for diferente, podemos “aceitar” a existência de uma “agressão” verbal. O tratamento em relação à um ataque verbal pode ser um contra ataque também verbal.

Parando por aí, tudo bem. Fica tudo no âmbito da opinião.

O problema é quando se misturam as coisas e se contra ataca de uma ofensa com o uso da força (agressão), que obviamente viola a propriedade privada da vítima da violência.

Mas aí tem um problema que é a reparação do dano causado. Muitas vezes uma agressão verbal pode causar um dano que não pode ser reparado apenas verbalmente. E é por isso mesmo que equiparo o potencial do dano moral verbal a qualquer outro dano.

O “dano”, no caso de ataques verbal, é subjetivo, logo não pode ser medido nem comparado. Este fato, por si só, volta a colocar a questão no âmbito da disputa de opiniões.

É claro que alguém, João, por exemplo, pode se abalar ao escutar algo que não gostou. Mas isto é subjetivo, é exclusivamente relacionado ao João, naquele momento e totalmente dependente dele e exclusivamente dele.

Eu posso escrever algo sem qualquer intenção de te ofender, por exemplo, é você assim mesmo se sentir ofendido. Se te for dado poder para me punir, a tal punição me fará seu escravo, já que sua interpretação estará pautando a minha vida.

Assim, costumo dizer que não existe agressão verbal. Existe discurso chato, odioso, bacana, babaca, inspirador etc. O resultado de todos eles são subjetivos em relação ao “ouvinte”.

  ·  7 years ago Reveal Comment