NOSSO LAR - Estudo: Parte 07
É o sétimo capítulo do livro, e André Luiz nos conta que os dias se passavam e seus novos amigos Clarêncio e Lísias sempre o visitavam. As dores e o mal estar já eram menos fortes, embora de vez em quando ainda se manifestassem. André conta que adorava ficar olhando pela janela contemplando a paisagem vasta e farta. A natureza e tudo ali eram de extrema beleza. Os edifícios e construções eram muito harmoniosos, as casas muito singelas, o paisagismo era tratado com seriedade, flores eram abundantes ornamentos. Aves cruzavam os céus, e alguns animais domésticos podiam ser avistados na companhia de pessoas nas praças.
Nosso amigo enfermo, numa conversa com Lísias, questiona-o sobre não ter recebido ainda visitas de conhecidos que já haviam desencarnado há tempos. Lísias diz para o amigo não se preocupar, que ninguém o havia esquecido, que sua mãe, inclusive, fora quem mais o ajudou nos tempos de provações umbralinas, que duraram oito anos, e que foi ela quem rogou ajuda a Clarêncio em nome do filho, mas este não conseguia ver Clarêncio, e apenas no momento de epifania e lágrimas, onde finalmente compreendera a grandiosidade da vida e aceitou sua situação, conseguiu expandir sua mente e estar pronto para ser auxiliado (no capítulo 2).
Ao final do capítulo, Lísias recorda que a mãe de André vive em planos superiores, e que virá visitar o filho logo seja possível, tendo em vista que trabalha muito. André se recolhe, feliz, meditando sobre as lições aprendidas com o novo amigo. Eu também, assim como André, parei para meditar sobre este capítulo após lê-lo, pois o considerei um tanto complicado para interpretar e encontrar a lição nele contida. Lendo mais algumas vezes, percebi que os relatos ali se tratavam de redenção e reconciliação. Redenção dos erros passados, reconciliação com a harmonia universal, Deus e nós mesmos. André Luiz não percebia a ajuda de Clarêncio pois a dor que ele trouxe a si era tão grande que isto ofuscava sua percepção. Sua vaidade e seu egoísmo, em não aceitar a realidade divina dos fatos não permitia que ele reconhecesse e buscasse a redenção necessária.
"Um espelho enfuscado não reflete a luz", é o que diz uma frase do capítulo. Nós somos o espelho, enquanto nos enfuscarmos com as torpezas do caminho largo da vaidade, egoísmo, materialismo, consumismo, ignorância, hedonismo não seremos capazes de atingir a elevação necessária para sermos capazes de desfrutar da felicidade e paz espiritual, a luz. A vontade ativa, o trabalho persistente e merecimento justo são requisitos essenciais para a limpeza da alma, ou seja, a luz a ser refletida em nós não virá de graça, a redenção e reconciliação são frutos do trabalho pelo próprio melhoramento, um caminho de aprendizagem a ser trilhado através da elevação moral de nossos pensamentos e atos.
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