Epilépticos e trânsito - «Tenho medo de “apagar” de repente e causar algum acidente»

A frase que está no título deste texto é recorrente entre amigos e familiares meus que sofrem de epilepsia e optam por não dirigir (a legislação brasileira e a legislação portuguesa permitem e especificam). É um misto de insegurança agravada pelo senso de responsabilidade. Mesmo tomando a medicação indicada e sem crises há algum tempo, o medo está ali e, claro, isto acaba por condicionar a sua vida.

Imagem: Pixabay (CC0 Creative Commons)

Segundo a Epilepsy Foundation, mais de 65 milhões pessoas sofrem de epilepsia no mundo. E quantos, com as suas crises controladas, encaixam-se no que descrevi anteriormente!? Provalmente, muitos... e isto intrigou-me bastante.

Ninguém pensou em desenvolver algo que apitasse, parasse o carro, disparasse um alarme, chamasse os bombeiros, sei lá?! Qualquer coisa que garantisse a segurança do condutor, do/s passageiro/s e das outras pessoas que compartilham as vias rodoviárias!?

Felizmente, pensaram!

Na busca de alguma solução, encontrei três dispositivos interessantes e que ainda estão nos laboratórios:
. um japonês (conclusão prevista para 2020),
. um brasileiro (Epistemic) (conclusão prevista para 2019) e
. um australiano (não encontrei cronograma).

Os dois primeiros preveem os ataques e enviam avisos para os celulares do usuário e das pessoas indicadas por ele, contudo, a diferença está em quanto se antecipam à crise: o japonês, em 30 segundos, e o brasileiro, em 25 minutos. Já no projeto australiano, um dispositivo é implantado no crânio, envia as leituras cerebrais para um app e as converte em probabilidades diárias (tipo previsão do tempo).

Cada um com seus prós e contras mas, seguramente, revolucionarão a vida de muita gente.

2019 é logo ali...

Aproveitando, @matheusggr, você tem novidades neste sentido?!

Abraços steemitianos e obrigada!