Caro @lucasmw.
Eu ia escrever um post sobre o assunto, mas prefiro poupar o tempo comentando e corroborando o seu post.

Trabalho profissionalmente na área de Engenharia de Software e já passei por diversos projetos de clientes de grande porte onde constantemente precisei lidar com a segurança ligada a sistemas de informação.

Seu post é cirúrgico e toca no X da questão.

A dúvida foi levantada e não é de hoje. Afinal, as urnas eletrônicas são ou não seguras ????????????????

Tudo que se argumenta a favor da segurança do processo e das urnas em si, é a posição oficial dos órgãos estatais de que é segura.

É como perguntar para o Lula se ele é inocente e baseado na resposta dele, divulgar tal resposta como oficial;

É como perguntar para um corintiano se o Corinthians é o melhor time do Brasil e baseado na resposta dele, divulgar a mesma como oficial;

Pra corroborar a informação, basta trazer o presidente e o técnico do Corinthians para reafirmar. (substitua Corinthians por qualquer outro grande time e o exemplo ainda se aplica).

As afirmações na imprensa de que o processo é isento de fraude e 100% seguro, me fazem por alguns instantes ter o desejo de ser surdo.

Quais são os países, além do Brasil, que adotam exclusivamente a tecnologia da Smartmatic para escolha do mais alto cargo de sua nação ??????

Dizer que o hardware não fica conectado a internet e por isso ele é seguro ofende a inteligência das pessoas.
Existem N formas de fraudar o processo desde a implementação do código-fonte até instantes antes do processo de votação.

A única forma tecnológica que realmente poderia vir a ser segura, seria fazendo uso de Blockchain e ainda assim isso antes deveria ser estudado a exaustão e explicado a exaustão para a população.

Se o objetivo é manter a urna eletrônica, que exista um modelo impresso para ajudar na questão da auditoria posterior.

A mídia que simplesmente reproduz o posicionamento oficial do Estado referente ao tema, mostra que é cada vez mais digna do mais alto desprezo por parte da população, mostra sua total incapacidade de pesquisa, ato fundamental do jornalismo verdadeiro.

Chama de Fake News sem mostrar os motivos de decretar tais informações como falsas, apenas usa a marca, o nome da instituição (Globo, Folha, Uol e etc) como o único argumento. Se não foram eles que disseram, é falso.

Esse tipo de mídia, de jornalismo e de gado que se submete a essas informações "oficiais", rebaixa o pensamento racional humano que em tese deveria ser superior ao de animais.

Eu posso afirmar 100% que existe a possibilidade de a eleição ter sido legítima e não ter existido fraude, mas o risco de fraude também é real e as possibilidade de fraude num sistema complexo como este são muitas.

Infelizmente, só um lado é exposto de forma nojenta, arrogante e estúpida. Eu poderia dizer que seria ignorância, mas ignorância é quando existe ao menos uma noção de que aquilo se afirma pode ter erros ou equívocos, estupidez é quando se grita com peito estufado trazendo para si o domínio da razão absoluta quando na verdade, a falta de argumentos lógicos e coerentes facilmente desmontam a posição do estúpido.

E a mídia mainstream brasileira, em sua maioria, é mesmo estúpida!