Fonte da Imagem: http://www.jornalgrandebahia.com.br
Durante o século XIX, a Europa viveu o início de uma era que mudaria a história de como o homem se relacionaria com o mundo, a Revolução Industrial. Com a área têxtil em alta, muitos industriais apostaram suas fichas naquilo que poderia ser sua maior conquista, pois o ramo garantia um retorno de até 450% em relação ao investimento inicial. Logo essa galinha dos ovos de ouro se tornou decepção para aqueles que nela investiu, pois, seus lucros caíram para 50%. Na segunda fase, buscaram investir em metalurgia e estradas de ferro. Novamente sofreram um duro golpe pela alta na oferta, na Grande depressão de 1870, o que levou muitos industriais à falência, perdendo tudo. Porém, o que os livros de histórias e boa parte dos professores nos mostram é uma visão distorcida, que cria uma histeria acerca da atividade empresarial, como se fossem extremamente ricos, inabaláveis e exploradores por natureza, mas é preciso entender o contexto de cada época para se desmistificar as meias verdades ditas em salas de aula.
As condições de trabalho da época de fato eram ruins, pois muitos camponeses deixaram o campo para se aventurar nas cidades e com pouca instrução e capacitação restava-lhes esses trabalhos em duras rotinas ganhando o suficiente para manter o corpo em pé. Apropriando-se deste contexto de miséria, Marx e Engels, escrevem o Manifeste du Parti Communiste. A visão geral da época de que os industriais eram usurpadores da “Mais Valia” do trabalhador era fomentada pelo ambiente e condições de trabalho. Revolucionários das revoluções de 1830 e 1848 se juntaram na Liga dos Justos para tentar derrubar o monarca francês Luís Filipe I. As convulsões de 1820, 1830 e 1848 tinham nascido das tensões da Revolução Francesa que derrubaram o monarca Luis XVI.
Atualmente, o cenário das condições de trabalho é bem diferente do de 1850. Mas o pensamento marxista ainda se faz presente em uma busca pelo pela taxação das “grandes fortunas” e das empresas através de impostos pesados, além de buscar refúgio em leis trabalhistas. O marxismo se baseia na teoria do valor trabalho, ou seja, a oferta atribui valor à produção de acordo com o fator mão de obra. Essa visão só possui relevância em um cenário onde o fator capital seria irrelevante e o fator terra abundante.
A visão utilitarista se mostra mais adequada à realidade, já que considera o fator demanda (procura por um bem) em sua relação. Quem define o valor de um bem, é quem o compra, sendo esse valor definido pela sua abundância, escassez ou essencialidade. Da mesma forma, um trabalho também tem seu valor pautado pela necessidade do mercado em possuí-lo, assim, sendo interessante ou não sua aquisição por parte das empresas, levando em conta a formação desse profissional e a disponibilidade dessa mão-de-obra.
O capitalista (patrão), quando decide abrir uma empresa, ele se compromete a assumir o risco de ser bem-sucedido ou não, tendo que empreender tempo e dinheiro, onde os outros fatores (Terra e bens de capital) são adquiridos através de dívidas, sem quaisquer garantias de que seus esforços valerão a pena. Quando em funcionamento, mesmo que a empresa não lhe dê o devido faturamento, ele deverá diminuir sua margem de lucro para garantir os salários de seus empregados. Por isso um trabalhador não possui o direito aos lucros, pois a infraestrutura, o tempo e o capital não foi empregado por ele, mas por outrem, sendo ele apenas um usufruidor dessa infraestrutura para trabalhar e receber por ela, como um tipo de aluguel.
Segundo a teoria econômica de Adam Smith, a acumulação de capital pelas empresas é extremamente importante para que ela possa reinvestir em mais infraestrutura, visando aumentar sua produção, o que demandará por mais mão-de-obra, ou seja, contribuirá para o sistema econômico. As empresas têm a dura tarefa de decidir como aplicar seu capital. Se as taxas de juros de uma aplicação forem mais vantajosas do que reinvestir o valor na infraestrutura da empresa, logo ele optará pela primeira. Com um cenário em que altos impostos, obrigações trabalhistas, inflação de custo e instabilidade econômica afetam diretamente o faturamento das organizações, é preferível poupar, investir em ativos ou aplicá-lo à uma renda fixa.
O pensamento equívoco de se ampliar os “direitos trabalhistas” acarreta em piores salários e menores ofertas de emprego, além de muitas empresas entrarem em falências por não aguentarem cumprir tais obrigações. A taxação de ricos chega a ser um absurdo por dois fatores: ou ele irá sonegar, como de costume, ou irá retirar seu dinheiro do país e aplicá-lo no exterior. Já a no caso das empresas, quanto maior as alíquotas, maiores serão os preços dos produtos, pois na cadeia de suprimentos, todo o imposto é repassado para o cliente, assim o último a comprar, no caso o consumidor final, é quem paga. Taxar as empresas com uma pesada carga tributária é fazer a população pagar mais caro.
Nota: Temos um fórum de discussão e produção de conteúdo de cunho conservador no discord, se tiverem o interesse: https://discord.gg/cvZ6Ps9
O maior de todos os direitos trabalhistas é ter emprego, ter lugar de sobra onde trabalhar. O resto é pura balela, pois não se cria direitos trabalhistas com canetadas. Os empregos seguem a lei de mercado da oferta e procura. Se você começa a apertar demais o empregador com mil e um direitos trabalhistas, o que acontece na prática é que muitos vão fechar as portas, e emprego vai virar artigo de luxo. Então de que adianta meia dúzia ter "trocentos direitos trabalhistas" se isso custou o desemprego de um monte de gente? Afinal, todo o "direito" que você tem, recai sempre nas costas de alguém.
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Continue seu ótimo trabalho.
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Tudo gira em torno da lei, a lei da oferta e demanda, tudo, tanto produtos como serviços, isso parece que é difícil as pessoas entenderem, quanto mais emprego no mercado, mais alto o salário, quanto mais mão de obra, mais baixo o salario... não é uma pilha de leis que fará com que os trabalhadores ganhem mais, mas sim liberdade para pessoas poderem empreender, aumentando assim a demanda por mão de obra.
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Adam Smith e a especializacao do trabalho... sempre atual
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Concordo com você, as decisões políticas devem ser pautadas tendo como principal norte a utilidade para o interesse público, coisas como a moralidade do ato político não possuem nenhum valor portanto, importando apenas se a lei, ou política, irá beneficiar a população.
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Sempre importante procurar observar um assunto por quantas perspectivas for possível. Cuja sua introdução do texto buscou fazer. Este é e por um bom tempo será um assunto bastante complexo e de difícil solução. Ao menos é como vejo as coisas. Abraços e até mais!
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