Um velho e sábio monge, percorria há longos anos as províncias do reino onde nascera. Não tinha posses nem bens materiais para além daqueles que carregava no seu corpo. vivia ensinando e partilhando a sua sabedoria. Mas se uns viam nele sabedoria e pensamento sensato, outros, Faziam poucos das suas vestes, das suas poucas posses e ridicularizavam os seus ensinamentos. Havia quem se deslocasse aos lugares onde estava, apenas para insultar e escarnecer, usando de todo o tipo de injurias e insultos. O velho ancião nunca perdeu a sua calma, a sua serenidade e acima de tudo o seu sorriso. Um dia,um dos seus aprendizes indignado decidiu questioná lo:
Mestre, vejo homens invejosos e de espírito pequeno, insultar te e fazer pouco dos teus ensinamentos. Como é possível que mantenha sempre essa serenidade e sorriso?
Pode até ser que me insultem, Mas eu não recebo o insulto - respondeu o ancião, sorrindo novamente.
Por vezes deixamos afetar demasiado pelas opiniões dos outros. Quando queremos agradar a todos, corremos o risco de perder a noção do que somos e do significado daquilo que fazemos. É natural que nunca sejamos capaz de agradar a todas as pessoas. Os grandes líderes espirituais de toda a história, nunca agradaram a todas as pessoas. Não devemos ceder ao nosso ego, achando que estamos acima da crítica ou que todos vão reconhecer o nosso valor. Nem podemos viver no sofrimento contínuo de tentar agradar a todos. Quando somos insultados, sentimos humilhação, mas cabe nos a nós receber ou não o insulto. Devemos refletir se de facto o insulto é nosso, ou apenas de quem o profere
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