Você sabe a diferença entre bitcoin e altcoins?
Bitcoin provavelmente você já ouviu falar por aí na grande mídia, já saiu no Jornal Nacional William - Bonner falando.. mas vamos dar os créditos para a pessoa que falou primeiro na globo, que foi Ana Maria Braga, acredite se quiser.. pode pesquisar no youtube que tem um vídeo. Vamos começar então pelo bitcoin, ele vai te dar todas as faixas para você entender as mais de 1300 moedas ou altcoins que existem por aí.
O Bitcoin surgiu em 2008 quando foi publicado por um cara (ou grupo de pessoas anônimas) chamado Satoshi Nakamoto, um pdf, chamado de whitepaper, onde define as bases de uma moeda digital, ou seja, que não existe forma física. Com essas moedas, pessoas comuns podem transacionar valores de umas para as outras assim como você faz uma ted no seu banco, só que sem precisar de intermediários, sem precisar daquele banco no meio de uma transação financeira. O Bitcoin surgiu de forma totalmente descentralizada para que as pessoas pudessem interagir entre elas próprias.
Uma coisa interessante é que o bitcoin surgiu dessa proposta de tirar o poder das grandes instituições, justamente no pós-crise de 2008. Existe uma relação muito intensa entre as duas coisas, pois foi depois de uma crise global em que basicamente as grandes instituições financeiras causaram uma grande perda de valor entre as pessoas no mundo. Com isso a moeda surgiu com o propósito de resolver este tipo de problema. A partir da criação do Bitcoin e do sistema de Blockchain, a gente não concentraria mais o poder do dinheiro nas grandes instituições, e sim dar poder às pessoas, que a partir desse momento seriam seus próprios BANCOS. O software do Bitcoin foi evoluindo para o meio de pagamento, e deu vazão para outras criptomoedas surgirem.. que a gente pode chamar de criptomoedas alternativas - ou de altcoins.
Existem algumas características fundamentais sobre o mercado de criptomoedas que você precisa saber. São seis delas, e a primeira é que esse mercado nunca fecha. Comparando com o de bolsa de valores, onde as ações das empresas podem ser negóciadas apenas em um período comercial vamos dizer assim, o bitcoin e as outras criptomoedas são negociadas 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano. Nunca para, não tem feriado, não tem final de semana.
O segundo ponto é que esse é um mercado global e não é limitado só ao Brasil, Estados Unidos ou Japão. As criptomoedas existem no mundo inteiro e não existem barreiras. É uma grande característica, que trás grande qualidade ao bitcoin e às altcoins. Por não ter fronteiras, eu posso mandar dinheiro para qualquer lugar de maneira muito rápida - tudo isso usando um sistema chamado de Blockchain (Para entender melhor o que é essa tecnologia acesse uma matéria exclusiva clicando AQUI). Hoje, para enviar dinheiro para outra pessoa ou até pagar uma conta em um restaurante, eu e os lojistas dependemos de um banco para mandar dinheiro um para o outro. Os cartões de crédito são uma forma de criptomoedas. A grande diferença é que é um serviço de intermediação, onde os bancos cobram um taxa pelo serviço. De forma muito simples e em poucos minutos, usando uma criptomoeda, sem precisar de um terceiro (como a Cielo, PagSeguro, SafraPay, Samup, Infinity Pay e outros), eu conseguiria ligar o meu pagamento de um ponto para outro dentro desse ecossistema sem precisar que alguem ficasse fazendo uma auditoria das minhas transações e ainda me cobre por isso.
Outro ponto é o da segurança e da transparência que o Bitcoin e as altcoins apresentam como solução financeira. A grande maioria das criptomoedas está baseada em uma tecnologia única chamada blockchain. Essa é uma tecnologia que se baseia na criptografia de alta eficácia para garantir a segurança em transações. Essa foi uma das tecnologias mais seguras do mundo já criadas (segundo especialistas), que basicamente funciona como uma planilha de excel, onde cada bloco mantém um registro que mostra todas as transações foram feitas ao longo do tempo. E diferente dos Bancos, esse sistema foi criado para evitar fraudes de uma maneira que não comprometesse as identidades e localização dos usuários desse sistema. Até então, quando a gente pensa no sistema financeiro tradicional, pensa que alguém pode fraudar uma transação, já a tecnologia por trás do Bitcoin não captura dados pessoais como o seu CPF, número de telefone, endereço da sua casa ou quanto de dívidas você tem no mercado. Você fica livre desse estupro invasivo a sua vida financeira. E ainda mais, qualquer um com esses dados pode usar o seu nome e sua identidade para fraudar o sistema. No final das contas quem vai ser prejudicado vai ser você. No mundo das criptomoedas isso é IMPOSSÍVEL. A menos que você seja inocente demais e envie seu dinheiro para alguém mau intencionado, onde justamente por não ter um controle de dados pessoais, você acaba nunca mais vendo o seu dinheiro porque até a conta do fraudador é anonima. Por isso o Bitcoin ainda tem uma insegurança entre os Leigos. Agora pense pela logica, Você enviaria uma TED para uma conta bancaria que você considere suspeita ou não tenha registro nenhum de que um serviço legalizado é realmente prestado alí? - Com toda certeza não!! Você sabe que o risco de fraude é gigantesco. O mesmo acontece com as criptomoedas.
O quarto ponto - já te falei, o Bitcoin é descentralizado, o que quer dizer que não existe um banco ou instituição financeira que emite ou controla a sua moeda. Ela é controlada pelas pessoas, pela comunidade de forma espalhada pelo mundo, Mas sabia que nem todas as criptomoedas são assim? Isso é um ponto fundamental que deu ao Bitcoin potencial de ganhar espaço e valorização ao longo dos anos. E o que já ficou obvio é que o dinheiro que você tem aí no seu bolso também não é assim.
O quinto ponto ele está relacionado muito especificamente à forma como funciona o ecossistema financeiro no Bitcoin e em algumas outras criptomoedas, que ainda seguem também o mesmo sistema, que é uma tendência deflacionária, enquanto a gente está acostumado hoje no Brasil com um cenário ao contrario - a inflação faz com que o dinheiro vá perdendo valor ao longo do tempo. O Bitcoin tem produção limitada. O que faz a inflação não existir. Só vão ser criados 20 milhões de bitcoins produzidos até o ano de 2140. Isso significa que existe uma escassez de Bitcoins, e conforme essa oferta vai diminuindo a cada quatro anos (COM UM SISTEMA CHAMADO DE HALVING) a gente tem um processo de deflação, onde ele tende a se valorizar, com a oferta cada vez mais limitada conforme o tempo passa. Por isso Bancos como o BTG Pactual, Wells Fargo e Bank Of America já estão considerando o Bitcoin como reserva de valor e produto de investimento.
O sexto e último ponto ele se parece muito com segundo e o quarto pontos, só que agora eu tô falando de não existência de intermediadores e controle de criação da moeda. Pensa hoje como você faz uma TED para um amigo ou para algum familiar - você precisa de um banco para intermediar essa transação.E a criação de novas cédulas e moedas, tudo feito por meio do CONTROLE de um Banco Central. As criptomoedas, por serem códigos de computador, permite que qualquer um com o equipamento certo possa produzir suas próprias moedas. Por isso a China que é um País comunista, quer forçar uma regulação fiscal para as criptomoedas e proibiu elas no País, desde o mês de Maio de 2021.
Então essa característica única torna todo esse mercado de criptomoedas algo realmente diferencial, e tudo está ligado a tecnologia do blockchain. Essa tecnologia de criptografia aplicada às transações financeiras no final das contas é o que vai fazer a gente criar um ecossistema de moedas, ou de ativos digitais, que vai ser extremamente seguro, possibilitando a resolução de vários problemas da economia tradicional.. e com fé em Deus aceito em todo o mundo.
Só que você se pergunta:
“Se tem mais de 1300 altcoins no mercado, será que vale a pena comprar qualquer uma delas? Será que todas funcionam da mesma forma? Todas vão me dá lucro?” ...Lógico que não!
Se a gente tivesse que definir de uma forma simples a diferença cada criptomoeda que surge tentando resolver um certo problema, com uma certa característica ou particularidade, diríamos que o bitcoin surgiu lá em 2008-2009 tentando facilitar as transações financeiras, mas hoje o que você vê é que tem outros criptoativos que funcionam para outros propósitos que não são esse. Você tem o Ethereum, que funciona como um supercomputador descentralizado, você tem moedas que também funcionam como meio de pagamento - mais com o foco em privacidade - como é o caso do Monero, e você tem outras criptomoedas que vão tentando implementar algo político, que ninguém ainda implementou. Tudo para resolver outros problemas da economia; Por exemplo, o Ripple surgiu com uma empresa, então ele não é descentralizado, mas ele foi criado para facilitar as trocas financeiras entre bancos.
Mas entre essas mais de 1300 altcoins, existem as mais populares. O Bitcoin obviamente é a principal delas, surgiu a muito mais tempo. Tá aí o motivo que ele tem para ter uma dominância muito grande nesse mercado. Segundo pesquisas, o market share (que é o valor de mercado que um ativo tem em porcentagens de tudo o que existe no mesmo ramo que ele) mostra que o Ethereum, mesmo tendo sido uma moeda criada em 2015, com o propósito de ser um computador descentralizado que processa transações sem que seja preciso que os outros computadores envolvidos consulte um computador servidor (provedor de informações).. já possui a segunda maior fatia do mercado financeiro descentralizado. Mesmo tendo surgido depois do Bitcoin. O que mostra claramente que moedas que fazem coisas diferentes também tem espaço. Principalmente dentro do mercado financeiro em ambiente virtual.
A realidade é certa, esse é o tipo de tecnologia que não tem como ser ignorada. A previsão é que nos próximos 50 anos vai surgir um sistema aceito pela sociedade em geral que permitirá infinitas possibilidades de aplicações dessas moedas virtuais, e o dinheiro físico vai passar a ser todo digital, assim como já ocorre na Própria China, e com os Cartões de Crédito que a gente já usa no nosso dia a dia.