Aperfeiçoamento pessoal baseado no “Recapitular” por Amanda Faluba do Vale
Rever, de tempos em tempos, a nossa própria trajetória de vida é uma forma de clarear espaços escuros dentro da gente. É uma forma de nos fazer entrar em contato com obstáculos internos que, frequentemente e de forma inconsciente, impedem o nosso crescimento. Quando organizamos as lembranças de experiências vividas, nos conectamos de forma mais direta com a sabedoria adquirida ao longo de nossa trajetória.
Os índígenas Toltecas, da região da América Central, tinham uma prática específica voltada para a ampliação da nossa consciência a respeito da nossa própria história, a qual chamavam de recapitulação. A atividade de recapitular singinifica lançar um olhar sobre as nossas lembranças, percebendo atentamente os pensamentos e sentimentos associativos que surgem a partir delas. Trata-se, em resumo, de recontar internamente a sua vida, até os mínimos detalhes. Nesse processo, as atitudes não impecáveis tomadas na ocasião dos acontecimentos são substituídas mentalmente por outras que, se houvessem sido tomadas, teriam gerado resultados melhores, em termos de desenvolvimento interior e ampliação da consciência.
Olhar para dentro das nossas memórias torna possível, também, discernir com maior clareza aquilo que devemos guardar dentro do peito daquilo que podemos deixar ir embora. As incertezas do caminho podem ser simplificadas e podem se tornar mais leves à medida que aprendemos a trazer à tona as emoções e pensamentos que habitam o nosso subconsciente e que influenciam de forma decisiva o modo como lidamos com a vida.
Ao longo da vida, seguimos juntando as vivências e a partir delas vamos consolidando a nossa personalidade - o nosso modo particular de pensar, de sentir e de agir. Aprendemos, ainda que de forma inconsciente, a elaborar fórmulas de lidar com as situações externas com base nas coisas que vemos, que ouvimos, que sentimos - coisas que experimentamos e assimilamos - ao longo da vida. Dentro dessa bagagem interna de experiências, juntam-se as memórias de situações as quais incorporamos de forma positiva, assim como se agregam as reminiscências de situações mal-resolvidas.
Por constituírem a gênese da nossa personalidade, as nossas lembranças são capazes de nortear o modo como lidamos com as mais diversas situações com as quais frequentemente nos deparamos. À medida que passamos a olhar para dentro e a observar como se dão os nossos fluxos diários de emoções e pensamentos – como medos, angústias, arrependimentos e culpas – e à medida que nos damos conta do quanto esses aspectos estão relacionados às janelas da memória e do inconsciente, uma nova possibilidade se abre para nós – a possibilidade de nos colocarmos de uma maneira nova e ativa diante dos nossos obstáculos internos decorrentes de reminiscencias de situações já vividas. Quando os nossos obstáculos internos, que impedem que a gente experimente a vida de uma forma mais plena e mais leve, insistem em não recuar, é hora de nos colocarmos acima deles e utilizá-los para nos fortalecer, até que se tornem pequenos diante da nossa firmeza. Sendo assim, ainda que possa parecer doloroso trazer à tona certas memórias que nos causam sofrimento, é encarando esses espaços escuros dentro de nós que se torna possível superar as dificuldades passadas e crescer com elas.
Sendo assim, voltar a olhar, no presente, para as situações dolorosas do passado representa um primeiro esforço para transcedê-las. Para curar o passado, além de ser necessário colocar-se frente a frente com ele, às vezes é preciso também abrir a ferida que não cicatrizou direito, para então medicá-la.
Existe um provérbio irlandês que diz: “Cure o passado. Viva o presente. Sonhe o futuro”. A sabedoria do provérbio está no encadeamento de ações assinaladas. Estar em dia com o passado parece mesmo ser prerrogativa básica para se viver de forma plena o presente e, quem sabe, assim, ter assim a mente livre e orientada para sonhar o futuro. Quando negamos olhar para os resultados negativos decorrentes das nossas vivências, acabamos repetindo os nossos erros e fazendo, inconscientemente, com que os mesmos resultados se repitam em situações semelhantes, justamente porque não aprendemos, de fato, a lidar com elas. Isso ocorre porque evitar olhar para o passado, elimina em grande parte o aprendizado que ele traz. Já quando nos dispomos a conhecer mais de perto os obstáculos que outrora nos derrubaram, tornamo-nos capazes de definir melhores estratégias para enfrentar os desafios que virão.
A muito conhecida expressão do latim Carpe Diem nos diz: aproveite o dia, aprecie o presente. Carpe Diem é viver o hoje sem preocupaçõe. É desfrutar a vida e os prazeres do momento em que se vive. O presente é sempre mais simples e mais claro do que a forma que o enxergamos habitualmente. Mas insistimos em olhar para a vida no presente a partir das sombras do passado. Enquanto o que nos seria mais útil, na verdade, seria aprender a utilizar sabedoria do que passou para nos relacionarmos com o momento presente de uma forma mais sábia, de uma forma mais direta e desanuviada. Siddharta Gautama dizia que todo sofrimento psicológico é fictício, porque ou está armazenado na memória do passado, ou na imaginação do futuro, e ambos são apenas ilusórios. Afirmava ainda que no presente, único momento real, é que reside a eternidade.
Quando, enfim, nos tornamos capazes de conhecer e curar as janelas negativas da memória, fazemos com que as lembranças se limitem a nos emprestar a sabedoria adquirida por tê-las vivido e evitamos, assim, que elas possam influenciar negativamente as nossas vidas no momento presente. Quando fazemos as pazes com o passado e à medida vamos nos desfazendo de velhas ações condicionadas pelas janelas do inconsciente, adquirimos maior discernimento para lidar com diversas situações, pois somos capazes de vê-las como elas realmente são, ao invés de enxergá-las através das neblinas decorrentes das nossas preocupações e das nossas emoções negativas. Através desse processo de cura, as nossas ações se tornam menos condicionadas em relação às fórmulas rígidas que outrora criáramos para lidar com vida.
Desta forma, trazer a nossa trajetória à luz da nossa própria consciência, além de possibilitar que nós nos recoloquemos de uma forma diferente diante da vida, é também o primeiro passo para curar o passado e poder nos colocar, assim, inteiramente livres para nos conectar com o momento presente de uma maneira mais plena.
Os índígenas Toltecas, da região da América Central, tinham uma prática específica voltada para a ampliação da nossa consciência a respeito da nossa própria história, a qual chamavam de recapitulação. A atividade de recapitular singinifica lançar um olhar sobre as nossas lembranças, percebendo atentamente os pensamentos e sentimentos associativos que surgem a partir delas. Trata-se, em resumo, de recontar internamente a sua vida, até os mínimos detalhes. Nesse processo, as atitudes não impecáveis tomadas na ocasião dos acontecimentos são substituídas mentalmente por outras que, se houvessem sido tomadas, teriam gerado resultados melhores, em termos de desenvolvimento interior e ampliação da consciência.
Olhar para dentro das nossas memórias torna possível, também, discernir com maior clareza aquilo que devemos guardar dentro do peito daquilo que podemos deixar ir embora. As incertezas do caminho podem ser simplificadas e podem se tornar mais leves à medida que aprendemos a trazer à tona as emoções e pensamentos que habitam o nosso subconsciente e que influenciam de forma decisiva o modo como lidamos com a vida.
Ao longo da vida, seguimos juntando as vivências e a partir delas vamos consolidando a nossa personalidade - o nosso modo particular de pensar, de sentir e de agir. Aprendemos, ainda que de forma inconsciente, a elaborar fórmulas de lidar com as situações externas com base nas coisas que vemos, que ouvimos, que sentimos - coisas que experimentamos e assimilamos - ao longo da vida. Dentro dessa bagagem interna de experiências, juntam-se as memórias de situações as quais incorporamos de forma positiva, assim como se agregam as reminiscências de situações mal-resolvidas.
Por constituírem a gênese da nossa personalidade, as nossas lembranças são capazes de nortear o modo como lidamos com as mais diversas situações com as quais frequentemente nos deparamos. À medida que passamos a olhar para dentro e a observar como se dão os nossos fluxos diários de emoções e pensamentos – como medos, angústias, arrependimentos e culpas – e à medida que nos damos conta do quanto esses aspectos estão relacionados às janelas da memória e do inconsciente, uma nova possibilidade se abre para nós – a possibilidade de nos colocarmos de uma maneira nova e ativa diante dos nossos obstáculos internos decorrentes de reminiscencias de situações já vividas. Quando os nossos obstáculos internos, que impedem que a gente experimente a vida de uma forma mais plena e mais leve, insistem em não recuar, é hora de nos colocarmos acima deles e utilizá-los para nos fortalecer, até que se tornem pequenos diante da nossa firmeza. Sendo assim, ainda que possa parecer doloroso trazer à tona certas memórias que nos causam sofrimento, é encarando esses espaços escuros dentro de nós que se torna possível superar as dificuldades passadas e crescer com elas.
Sendo assim, voltar a olhar, no presente, para as situações dolorosas do passado representa um primeiro esforço para transcedê-las. Para curar o passado, além de ser necessário colocar-se frente a frente com ele, às vezes é preciso também abrir a ferida que não cicatrizou direito, para então medicá-la.
Existe um provérbio irlandês que diz: “Cure o passado. Viva o presente. Sonhe o futuro”. A sabedoria do provérbio está no encadeamento de ações assinaladas. Estar em dia com o passado parece mesmo ser prerrogativa básica para se viver de forma plena o presente e, quem sabe, assim, ter assim a mente livre e orientada para sonhar o futuro. Quando negamos olhar para os resultados negativos decorrentes das nossas vivências, acabamos repetindo os nossos erros e fazendo, inconscientemente, com que os mesmos resultados se repitam em situações semelhantes, justamente porque não aprendemos, de fato, a lidar com elas. Isso ocorre porque evitar olhar para o passado, elimina em grande parte o aprendizado que ele traz. Já quando nos dispomos a conhecer mais de perto os obstáculos que outrora nos derrubaram, tornamo-nos capazes de definir melhores estratégias para enfrentar os desafios que virão.
A muito conhecida expressão do latim Carpe Diem nos diz: aproveite o dia, aprecie o presente. Carpe Diem é viver o hoje sem preocupaçõe. É desfrutar a vida e os prazeres do momento em que se vive. O presente é sempre mais simples e mais claro do que a forma que o enxergamos habitualmente. Mas insistimos em olhar para a vida no presente a partir das sombras do passado. Enquanto o que nos seria mais útil, na verdade, seria aprender a utilizar sabedoria do que passou para nos relacionarmos com o momento presente de uma forma mais sábia, de uma forma mais direta e desanuviada. Siddharta Gautama dizia que todo sofrimento psicológico é fictício, porque ou está armazenado na memória do passado, ou na imaginação do futuro, e ambos são apenas ilusórios. Afirmava ainda que no presente, único momento real, é que reside a eternidade.
Quando, enfim, nos tornamos capazes de conhecer e curar as janelas negativas da memória, fazemos com que as lembranças se limitem a nos emprestar a sabedoria adquirida por tê-las vivido e evitamos, assim, que elas possam influenciar negativamente as nossas vidas no momento presente. Quando fazemos as pazes com o passado e à medida vamos nos desfazendo de velhas ações condicionadas pelas janelas do inconsciente, adquirimos maior discernimento para lidar com diversas situações, pois somos capazes de vê-las como elas realmente são, ao invés de enxergá-las através das neblinas decorrentes das nossas preocupações e das nossas emoções negativas. Através desse processo de cura, as nossas ações se tornam menos condicionadas em relação às fórmulas rígidas que outrora criáramos para lidar com vida.
Desta forma, trazer a nossa trajetória à luz da nossa própria consciência, além de possibilitar que nós nos recoloquemos de uma forma diferente diante da vida, é também o primeiro passo para curar o passado e poder nos colocar, assim, inteiramente livres para nos conectar com o momento presente de uma maneira mais plena.
Congratulations! This post has been upvoted from the communal account, @minnowsupport, by Amanda Vale from the Minnow Support Project. It's a witness project run by aggroed, ausbitbank, teamsteem, theprophet0, someguy123, neoxian, followbtcnews, and netuoso. The goal is to help Steemit grow by supporting Minnows. Please find us at the Peace, Abundance, and Liberty Network (PALnet) Discord Channel. It's a completely public and open space to all members of the Steemit community who voluntarily choose to be there.
If you would like to delegate to the Minnow Support Project you can do so by clicking on the following links: 50SP, 100SP, 250SP, 500SP, 1000SP, 5000SP.
Be sure to leave at least 50SP undelegated on your account.
Downvoting a post can decrease pending rewards and make it less visible. Common reasons:
Submit
Congratulations @amandavale! You have completed the following achievement on Steemit and have been rewarded with new badge(s) :
You got your First payout
Award for the number of posts published
Click on the badge to view your Board of Honor.
If you no longer want to receive notifications, reply to this comment with the word
STOP
To support your work, I also upvoted your post!
Downvoting a post can decrease pending rewards and make it less visible. Common reasons:
Submit