A história por trás da foto!

in astoryfromapicture •  7 years ago 

Fiz um pequeno Post no Steepshot, sobre o passar do tempo, e usei essa foto para ilustrar. Foto essa que eu mesma tirei em um momento de reflexão. Irei agora lhe contar...
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Foi nas bodas de diamante dos meus avós. Uau, 60 anos de casados!
Família toda reunida na casa da minha tia, jogando conversa fora, entre risos e histórias, me vi então nesse instante, acariciando a mão do meu avô.
O seu grande relógio e suas mãos enrugadas mostravam o tempo em contraste com as minhas.
As marcas que ali carregavam eram um mar de histórias, sabedoria e experiência. Minhas mãos também trazem marcas, mas diante da situação, elas pareciam lisas e inexperientes.
O contraste entre gerações. Em nossa geração, as bodas de diamantes serão raras, se não, extintas. Isso é só uma dos inúmeros contrastes que temos.
Poderia eu enumerar aqui as divergências entre esses dois mundos, mas vocês as conhecem bem.
Sempre ouvimos falar nelas, e elas sempre começam com "na minha época não era assim(...)"
Estava eu ali, de mãos dadas com um mundo que já foi.
Acariciando cada ruga que ali tanto significavam.
O tempo não só passa muito rápido, como também muda tudo.
Quem me dera ser metade da pessoa que meu avô se tornou.
Mas sei que já estou atrasada.

Não somos legião urbana para termos todo o tempo do mundo.
Aproveite o que lhe é oferecido hoje.

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Incrível texto.

Sempre tenho essas reflexões com o tempo também.
Como a vida passa rápido sem notarmos. Vivi os últimos 20 anos do meu avô junto dele. Morando no mesmo terreno. Faz 2 anos que ele se foi e parece fazer tanto tempo como ao mesmo tempo parece que ele está por aí. Que ainda não foi.
Esse tempo que passa em nossos olhos desapercebidos, e a é pior coisa a se perder na vida. Quando olhamos assim, pessoas mais velhas, refletimos para nós, como a gente quer chegar lá. Será que estamos fazendo certo? Aproveitando? A vida muda como você disse. Agora são outros tempos, outras gerações, que nossos netos também não terão contato... E assim a vida passa.

E eles nem sabem o quanto marcam nossas vidas.
Não só porque nos esquecemos de contar, mas porque mesmo que contassemos eles não acreditariam ou entenderiam isso.
Ninguém entende de fato

Excelente reflexão. Meu avô morreu tem uns 7 meses, e ainda é vívida a memória dele sorrindo, às vezes, e com cara de aborrecido em tantas outras. Ele não era alguém sociável, mas tinha um coração grande. Grande e envergonhado de mostrar-se grande. Preferia a privacidade, adorava ostentar seu dinheiro da aposentadoria comprando coisas fúteis e distribuindo aos outros. Entre tantos defeitos e qualidades, foi-se uma história. História que contribuiu na guinada da minha própria, como toda história de nossos parentes mais vividos o faz, no fim das contas.


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Meu avô é a pessoa mais doce que conheço na vida. Nunca o vi sem um sorriso no rosto ou uma palavra de carinho em seus lábios.
Me faz querer ser sempre uma pessoa melhor.
Somos uma soma das pessoas que nos rodeiam.