A capoeira surgiu entre os escravos brasileiros, como forma de luta e defesa, na sua busca pela liberdade com golpes desequilibrantes, pontapés, cabeçadas, rasteiras, mortais, entre outros, são disfarçados de dança, para evitar a repressão dos senhores esclavagistas.
Negros dançando fandango (jongo) no Campo de Santana, Rio de Janeiro
Augustus Earle
A capoeira transformou-se num instrumento de resistência cultural e física. A sua prática ocorria em terreiros próximos das senzalas ou em campos com arbustos rasteiros, designados por “capoeira” ou “capoeirão”. Daí o nome da luta.
Com o fim da escravatura, no final do século XIX, muitos negros passaram a viver nas grandes cidades. Devido às deficientes condições económicas, a criminalidade aumentou e a capoeira passou a estar associada a marginalidade e subversão.
Deodoro da Fonseca, o Presidente da República, proibiu a capoeira. A polícia recebia ordem para prender quem praticasse esta luta.
Em 1930, um importante capoeirista, Mestre Bimba, fez uma demonstração para o então presidente, Getúlio Vargas, que ficou convencido do valor desta arte marcial e a transformou em desporto nacional brasileiro.
Com o tempo, tornou-se num desporto reconhecido, com regras e rituais, praticado por milhões de indivíduos em todo o Mundo.
Outras manifestações culturais e tradicionais, sob a forma de dança, estão associadas à capoeira, como o maculelê, a puxada de rede e o samba de roda.