Nesta semana, assistindo as notícias internacionais, me deparei com uma reportagem sobre a vida após a chegada do Talibã ao poder no Afeganistão eu me chamou a atenção. Primeiro, pela forma absurda com que a tradição local trata as mulheres; segundo, pelo valor de um quilo do açafrão produzido por lá; e terceiro, porque não imaginava que o que chamamos de açafrão aqui no Brasil não é açafrão.
Vídeo: Reportagem sobre mulheres afegãs que trabalham na indústria do açafrão no Afeganistão | YouTube (Reprodução)
A situação no Afeganistão segue delicada porque os vinte anos de ocupação americana não foram suficientes para transformar o país em uma democracia. Agora, o mesmo grupo que havia sido destituído do poder está de volta e a população afegã teme que os direitos conquistados durante este período sejam retirados como eram no passado.
Na reportagem da AFP, uma empresária afegã declarou que pretende seguir lutando pelo direito das mulheres continuarem trabalhando. Apenas na empresa de plantio, colheita, distribuição e exportação de açafrão trabalham mil mulheres.
Devido à raridade do produto e a procura internacional pela especiaria, um quilo pode chegar a custar mais de cinco mil dólares. Muito se deve à quantidade de flores necessárias para se chegar a este peso, o que deu ao açafrão o apelido de ouro vermelho.
Durante toda a minha vida, até agora, achava que o açafrão era aquele pó amarelo que usamos para colorir e temperar o arroz. Agora, descobri que o nome verdadeiro do que chamamos de açafrão é cúrcuma, ou açafrão da terra, uma raiz facilmente encontrada e cultivada.
Foto: Reportagem da AFP sobre a produção do açafrão na região da Caxemira, na fronteira da Índia com o Paquistão (Reprodução)
Pesquisando um pouco mais sobre o assunto, encontrei a reportagem do G1, que destaca que são necessárias 250 mil flores para se obter um quilo de açafrão, e outra reportagem da AFP, publicada na revista ISTOÉ Dinheiro, que relata as dificuldades enfrentadas pelos produtores devido às mudanças climáticas e a guerra.
Li numa revista agrícola, mas isso faz 30 anos que já custava mais ou menos isso, eu pensava que atualmente o preço havia baixado.
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