Publicado em 1952, “O velho e o mar” garantiu o Pulitzer a Ernest Hemingway em 1953 e, no ano seguinte, o Prêmio Nobel de Literatura. Última história do autor publicada em vida, a obra divide opiniões sobre sua exclusividade e, sobretudo, especulações sobre as suas inspirações. Apesar disso, o maior consenso é quanto à perfeição literária cheia de mensagens sobre humanidade e compaixão.
Ambientada em Cuba, a narrativa é centrada na história de um velho pescador local, Santiago. Depois de mais de 80 dias sem pescar, o homem já é considerado como um azarento da pior espécie. Os julgamentos sobre sua vida só não são unânimes, graças a um garoto que o admira e incentiva novas vitórias.
Integridade e autenticidade acompanham Santiago (Foto: Letícia Chiantia)
O caminho ou jornada de superação é construído, obviamente, em alto-mar. Depois de tantos insucessos, Santiago está prestes a viver e testemunhar o inusitado em sua vida, com a pesca de um peixe descomunal. É nesse fio condutor que o autor destrincha detalhes dos pensamentos e sonhos de um homem que luta pela sobrevivência sem perder a confiança na vida.
Rico em detalhes, a obra tem sido interpretada como uma metáfora do processo artístico de Hemingway ou até mesmo como a instância da condição humana. De um lado, o triunfo, outra perspectiva pode ser a inutilidade de uma vitória. Independentemente, a verdade é que derrotas também podem ser leais e honestas, afinal de contas tudo depende de um ponto de vista.
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