No dia 17 de julho de 2016 amanheci meu dia em um hospital e lá fazia quase um mês entre ida e volta de hospital em hospital com minha filha mais nova, ela tinha 13 anos. Aquele dia dormi muito bem, em um colchão debaixo da leito da minha filha, acordei com alguns brinquedos dela em cima de mim, ela sorrindo e brincou dizendo que eu dormi demais, me levantei e guardei o colchão, troquei a fralda dela e dei a merenda dela, logo em seguida ela começou a dormir, isso já chegava às 10 horas da manhã, eu chamei enfermeiros e médico e relatei que ela estava dormindo demais, eles acharam que era normal, tentei levantar ela para banhar quando eu fui conseguir já era quase meio-dia.
Ela ria muito e brincava muito comigo. Banhei ela como se fosse uma princesa lavando os seus longos cabelos, ainda lembro a última frase saída da boca dela, (Mãe Graças a Deus que a minhas dores passou), eu não entendi da primeira vez e pedi para repetir, e ela repetiu , em seguida ela foi desmaiando e gritei por socorro e veio os colegas de quarto e enfermeiros e médico em seguida para me ajudar, daí ela foi sedada, passava às horas eu chamavam ela não acordava, os médicos eles disseram que eu estava enlouquecendo, e que ela estava bem só estava sedada.
Nisso já era quase 6 horas da noite e eu chamava e ela não acordava, chamei novamente os médicos, e eles virão que tinha algo errado, e então decidiram a entubar, aí não tinha UTI no momento disponível para ela, resolvendo entuba dentro do quarto dela.
Quando terminaram de entubar que eu pude realmente entrar no quarto vi ela muito escura e falei para enfermeira a minha filha está morrendo ela não é morena ela era bem branquinha, ela me respondeu que era normal mas eu não achava aquilo normal, como o coração de mãe não se engana, aquilo não estava normal.
Logo seguido a minha filha teve uma parada cardíaca e depois mas outra chegando a óbito antes das 20 horas da noite. Ela tinha um aneurismo cerebral. Isso até hoje me tira o chão, parte do meu coração e da minha cabeça e da minha vida se foram junto.
Hoje 5 anos se passaram e ainda sinto a dor ultrapassando o meu coração todos os dias, mas nessa data específica eu não consigo não pensar nisso e sempre me destrói e escrever este texto foi uma forma de conseguir colocar pra fora e ajudar.
Em homenagem a Laysa Caroline Nunes da Silva.
Que saudade desse sorriso e dessa alegria.
Obrigado por compartilhar sua história tão tocante. Este momento de pandemia deve estar sendo difícil para muita gente, mas saber lidar com o luto pode ajudar de alguma forma. Valeu! Saúde, sucesso e boa sorte mais uma vez!
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Muito obrigada
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