Por Gerson Mazer
Eu sempre gostei de mágicas... vivia me divertindo com aqueles kits de mágica e com baralhos mágicos. Era super fã do David Copperfield... quem não lembra dele? David foi considerado por muitos anos o melhor mágico e ilusionista do mundo. Quando tive a oportunidade de assisti-lo ao vivo em Las Vegas fiquei perplexo... Um carro desapareceu do palco, estava encoberto por um pano onde pessoas da plateia seguravam as pontas... fez um papel em chamas virar uma rosa que flutuava (e várias pessoas da plateia passaram os braços por todos os lados e não havia nenhum fio escondido...). Constatei ao vivo que mágica era real.
Então surgiu um mágico revelando os truques dos mágicos. Aquilo partiu o meu coração. Um misto de emoções. A curiosidade ao extremo e a constatação de que a mágica não era real. Mas ainda me pergunto sobre os truques que vi ao vivo!!!! Muitas vezes nossa razão é traída pela emoção.
Mas voltando ao Milagre, que não é mágica, de aumentar a rentabilidade de um portfólio de investimentos reduzindo seu risco total, conforme prometido na última semana...
Racionalmente, todos nós sempre queremos a maior rentabilidade para os nossos investimentos, dentro de limites de riscos que estamos dispostos e temos a capacidade de tolerar. Mas às vezes nossas emoções traem a nossa razão...
Racionalmente, todos compreendemos os conceitos de portfólio e diversificação. Quem nunca ouviu a expressão: “Nunca coloque todos os ovos numa cesta só”.
Racionalmente isso é muito simples... se a sua cesta de ovos cair, você perderá todos os ovos... Entretanto, nossas cabeças teimam em reagir de forma distinta... Vamos pensar agora em portfólio, um portfólio de ovos que tenham comportamento diferente em cada situação. O ambiente é hostil, sempre existirão riscos...
Se você não colocar todos os ovos na mesma cesta, você estará protegido no conjunto da opera... alguns ovos poderão ser perdidos em dadas circunstancias... mas a probabilidade de se ter uma bela omelete no jantar é grande. É verdade que olhando isoladamente, pode-se perder alguns ovos, mas o resultado em conjunto foi satisfatório.
Quando se trata de investimentos, o funcionamento da diversificação é exatamente o mesmo. Tudo tem risco, como vimos na última semana, então o importante é diversificar os riscos em uma combinação que faça sentido para você e seu perfil. Não controlamos o futuro e não temos como assegurar como cada classe de ativos ou ativos específicos irão performar. A única certeza é que alguns ativos ou classes de ativos irão performar melhor ou pior que outros, mas quais ativos estarão em cada lado da balança não é uma equação exata. Aí que entra racionalmente o conceito de portfólio, temos que garantir a omelete, mesmo que isso nos custe perder alguns ovos... E então a emoção vem e estraga com tudo... a tal das finanças comportamentais... a grande maioria dos investidores entende o conceito de diversificação, mas tem grandes dificuldades de aplicar na prática... diversifica, perde com algum ativo (mesmo que o resultado global tenha sido atingido) e fica machucado com aquele ativo ou com a sua estratégia de diversificação. Pronto, foi-se embora a razão e levou a diversificação junto.
Simplifiquei o conceito, mas na prática existe técnica para diversificar... o tal Milagre... parece um absurdo adicionar um ativo de alto risco (que tende a ter um potencial de alto retorno) a uma carteira, um portfólio e assim reduzir o risco total da carteira. Para isso utilizamos uma medida estatística chamada correlação. Quanto menor a correlação entre os ativos em uma carteira, maior a diversificação. Ou seja, quanto maior a diferença no comportamento dos ativos dado a um mesmo estímulo, melhor a sua diversificação. Melhor será a sua proteção. Pode ser que em determinados momentos algum ativo performe pior, de até prejuízo enquanto outros renderam que foi uma beleza. Não tinha como saber com certeza como seria o futuro. Agora que o futuro é passado é fácil dizer... mas enquanto o futuro é futuro, sua estratégia de diversificação funciona muito bem e possibilita o resultado que se espera, como um todo!!! E apesar do emocional se lamentar do ativo de baixa performance, o racional deveria falar mais alto uma vez que a omelete saiu como se esperava.
Os estudos de Harry Markowitz relacionando retorno, risco e correlação dos ativos foi a base da diversificação em investimentos. Markowitz definiu a Fronteira Eficiente. A Fronteira Eficiente é uma curva onde os pontos representam o maior retorno esperado para um dado risco ou o menor risco para um dado retorno esperado, alterando-se as proporções de cada ativo no portfólio. Quanto menor for a correlação entre os ativos da carteira, melhor será a diversificação, que na prática quer dizer menor o risco da carteira como um todo.
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