Primeiro açougue vegano do Rio será inaugurado na Barra da Tijuca
Dois chefs se uniram para criar produtos exclusivos com carne vegetal. São oferecidos 16 ítens, dentre eles uma premiada coxinha de jaca.
Veganos e vegetarianos que moram no Rio ganham neste sábado (21) uma opção para encontrar carne à vontade. Carnes livres de qualquer produto de origem animal, claro. Será inaugurado, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, o primeiro açougue voltado a este público na cidade.
Açougue Vegano é o nome do novo empreendimento, que vai funcionar no Mercado dos Produtores, localizado dentro do Shopping UpTown (Avenida Ayton Senna, 5.500). A iniciativa carioca é dos chefs Celso Fortes, de 40 anos, e Michele Rodrigues, 32 anos.
A carta de produtos do Açougue Vegano conta com 16 itens, com preços que vão de R$ 5,90 a R$ 19. Segundo os responsáveis pelo empreendimento, as carnes vegetais vão conseguir a proeza de agradar até mesmo os carnívoros mais convictos. Há quibes, hambúrgueres, linguiças - feitas com blends de legumes -, presunto - produzido com soja e uma massa de glúten chamada seitan -, e até bacon - feito com coco e uma essência natural que garante o sabor defumado.
“O bacon de coco é impressionantemente parecido com o suíno. O hambúrguer de shitake e shimeji é até mais gostoso que o de carne animal. Temos ainda carne moída de soja, que pode ser usada em qualquer receita com sucesso de sabor”, garante o chef Celso Fortes.
Estabelecimentos semelhantes já são sucesso no exterior. No Brasil, o primeiro açougue vegano foi inaugurado em São Paulo, no ano passado.
A palavra açougue, de acordo com o Dicionário Houaiss, se refere ao local onde se vendem carnes e, também, ao "local onde se abatem animais para consumo". Sua etimologia, porém, tem origem árabe e significa "mercado, feira".
Foco no consumidor
Segundo Fortes, 90% dos produtos do açougue são receitas exclusivas assinadas por ele e a sócia Michele. A dupla criou, ainda, uma seção chamada “Amigos do Açougue”, na qual outros produtores poderão vender os seus produtos. Para participar, o fornecedor precisa garantir que o preço no Açougue Vegano será o menor da cidade.
“Também somos consumidores e a gente sempre sofreu com os preços altos do mercado. Produtos veganos acabam sendo comercializados por um preço muito superior, e a gente definiu que iríamos cobrar preços mais competitivos. Se uma coxinha na lanchonete custa R$ 5 reais, não vamos vender a nossa por R$ 10”, afirmou Celso.
A vedete da casa
Por falar em coxinha, o quitute feito pela dupla de chefs leva jaca no lugar de frango e é a vedete da casa. No ano passado, Celso e Michele foram premiados pela Sociedade Brasileira de Veganismo por produzirem a melhor coxinha de jaca do país.
Coxinha de Jaca dos chefs Celso Fortes e Michele Rodrigues foi eleita a melhor do gênero pela Sociedade Brasileira de Veganismo (Foto: Açougue Vegano/Divulgação) Coxinha de Jaca dos chefs Celso Fortes e Michele Rodrigues foi eleita a melhor do gênero pela Sociedade Brasileira de Veganismo (Foto: Açougue Vegano/Divulgação)
Coxinha de Jaca dos chefs Celso Fortes e Michele Rodrigues foi eleita a melhor do gênero pela Sociedade Brasileira de Veganismo (Foto: Açougue Vegano/Divulgação)
“A receita não leva ovo nem leite. Se a gente não fala que é de jaca, a pessoa que a come acha maravilhoso o frango do recheio”, brinca Celso.
Segundo o chef, o segredo que garante a semelhança com a carne da ave é usar a jaca verde, o que elimina o cheiro forte e característico da fruta. “Trabalhamos a fruta com duas percepções, que é a textura e o sabor”, ressaltou Celso.
A coxinha de jaca é um dos dois produtos que os clientes do açougue poderão comer lá mesmo, quentinhos. O outro é o espetinho de carne vegetal. O foco do estabelecimento, porém, é que o cliente leve o produto para preparar em casa.
“Todos os nossos produtos são naturais, sem conservante. Eles são congelados e têm validade de até três meses”, destacou Celso Fortes.
Kafta é outro destaque do Açougue Vegano, inaugurado na Barra da Tijuca, no Rio (Foto: Açougue Vegano/Divulgação) Kafta é outro destaque do Açougue Vegano, inaugurado na Barra da Tijuca, no Rio (Foto: Açougue Vegano/Divulgação)
Kafta é outro destaque do Açougue Vegano, inaugurado na Barra da Tijuca, no Rio (Foto: Açougue Vegano/Divulgação)
‘Salvamos o churrasco’
Celso Fortes conta que tão logo começou a circular a informação sobre a inauguração do Açougue Vegano na Barra da Tijuca, ele e a sócia Michele passaram a receber “uma enxurrada” de mensagens de vegetarianos e veganos se dizendo entusiasmados e agradecidos pela novidade.
“Recebi um email de uma menina pedindo que abríssemos já na sexta-feira, que é feriado no Rio [20 de janeiro, Dia de São Sebastião, padroeiro da cidade] para que ela pudesse levar carne para um churrasco. Ela disse que não aguenta mais ir a churrasco e só comer arroz, farofa e molho à campanha”, contou o chef.
Confiante nos produtos que faz, Celso Fortes garante: "Salvamos o churrasco!".
Delivery e restaurante itinerante
Por enquanto, o Açougue Vegano irá funcionar de terça a sexta-feira, das 12h às 19h, e aos sábados e domingos entre 9h e 18h. Para fevereiro, os chefs pretendem implementar o serviço de delivery, com entrega em toda a capital.
Para março, o plano de Celso e Michele é fazer um restaurante itinerante. “Promoveremos jantares para grupos de até sete casais, ou seja, 14 pessoas. Esse era o nosso projeto inicial. Mas, depois percebemos que valia investirmos no açougue", contou.
Chefe vegano, pero no mucho
Curiosamente, embora tenha sido criado por uma tia vegetariana, o chef Celso Fortes é carnívoro. A sócia Michele quem é vegana convicta. Eles se conheceram na faculdade de gastronomia, cujo curso concluirão este ano.
“Depois que conheci a Michele e a gente começou a fazer receitas veganas, eu diminuí 80% do meu consumo de carne animal”, contou Celso. O motivo da mudança de hábito, segundo ele, está no sabor dos produtos desenvolvidos em parceria com a amiga.
Hambúrguer vegano é feito com blend de cogumelos
O chef pondera que a maioria das pessoas tem resistência em aderir à alimentação sem produtos de origem animal não somente por sentir falta do sabor da carne, mas pela comodidade e facilidade em encontrar produtos que atendem ao hábito carnívoro.
“Mas acho que o grande problema de quem come carne em se adaptar à culinária vegana é a questão da textura dos alimentos”, destacou. Segundo Celso, este foi um dos pontos que ele e a sócia se preocuparam bastante ao criarem as receitas. Eles buscaram garantir uma textura consistente e semelhante à da carne animal.
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Parece ser realmente muito bom..
Mas algo que me preocupa é a seguinte afirmativa..“Mas acho que o grande problema de quem come carne em se adaptar à culinária vegana é a questão da textura dos alimentos”,
Sem duvidas eu sentiria a estranha diferença na textura...
Infelizmente só sei ser carnivoro..kk
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