A Igualdade de género e a demagogia ( ou será o demagogio, ou @ demagogi@...?)

«» A igualdade de género, um conceito de inquestionável nobreza transformou-se gradualmente numa ferramenta utilizada a bel-prazer da classe política.
Presença assídua em todos os discursos, pelas mais diversas razões - e com vista a atingir os mais variados objetivos, vai engordando a caminho de uma dimensão que porventura não merecerá ostentar.

Não confundamos o propósito com o personagem, o mensageiro com a mensagem.
O conceito é meritório e perfeitamente justo, já as consequências do seu uso indevido devem ser questionadas.

Será que a implementação e proteção da igualdade de género não descambou num rol de propaganda, despesa (foi anunciado o investimento de sete milhões de euros em projetos que promovam a igualdade de género), multiplicação de organismos, estudos e pareceres sem eficácia real, grupos de trabalho e recomendações – tudo, as mais das vezes só para cumprimento da agenda política nacional e internacional?
Certas medidas são realmente adequadas, exequíveis e suscetíveis de gerar efetiva melhora no bem-estar individual e social, mas muitas outras são de duvidosa razão de ser, nada eficientes e de nula eficácia.

• Temo que na ânsia de cavalgar a onda do moderno, o desígnio da proteção das minorias tenha sido capturado pela histeria e pela redundância, como bem ilustra este vídeo capturado num debate parlamentar no parlamento alemão, sobre a iniciativa apresentada pelo partido de esquerda sobre a campanha pela diversidade de género.
  O deputado conservador, com grande humor e impecável pragmatismo, demonstra a sobrevalorização da iniciativa em discussão, ao gastar os seus dois minutos de intervenção… a elencar os 60 tipos de género (que legislação em causa supostamente pretendia proteger).