#DICIONÁRIO DA MÚSICA BRASILEIRA# - OS INCRÍVEIS

Depois de muito tempo pensar sobre o que escrever para a tag do meu marido, @thomashblum, decidi finalmente falar sobre uma banda que marcou minha infância: Os Incríveis. Não, não sou da Jovem Guarda, mas meu pai foi. Num certo dia da minha infância, botou no nosso antigo rádio um CD daquelas edições especiais da SomLivre que ele emprestou do meu padrinho (meu pai é apaixonado por música, mas é pão-duro o suficiente para jamais gastar com um CD).

Lembro de ter ouvido a música O Milionário (um “cover” do Billy J Kramer & The Dakotas) e ter me apaixonado pelo som daquela guitarra antiga.

O prazer da vida era chegar em casa todo dia depois da escola e almoçar escutando este CD em seguida dos famigerados Sandy & Júnior.

Atualmente, Os Incríveis já têm mais de 50 anos de carreira, apesar de não contar mais com seus membros originais, seu ritmo um pouco diversificado, mas sempre com um jeito de rock embalaram a Jovem Guarda, fazendo muito sucesso nos anos 60-70. Sua primeira formação tinha como nome The Clevers antes de romperem o contrato com um antigo empresário, mudando assim para Os Incríveis e começando aí a estourar nas paradas de sucesso da época, principalmente com os sucessos de “O Milionário”, “Era Um Garoto Que Como Eu, Amava Os Beatles e Os Roling Stones” (outro “cover” traduzido, este do italiano Gianni Morandi ) e “Eu Te Amo, Meu Brasil”, sendo esta última uma marcante canção em homenagem à pátria sendo, inclusive, usada durante o governo Médici em pleno regime militar.

Um trecho da Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones:

“Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones
Girava o mundo sempre a cantar as coisas lindas da América
Não era belo mas mesmo assim havia mil garotas a fim.
Cantava Help and Ticket to ride, oh! Lady Jane and
Yesterday
Cantava viva à liberdade, mas uma carta sem esperar
Da sua guitarra o separou, fora chamado na América.
Stop! Com Rolling Stones, stop! com Beatles songs.
Mandado foi ao Vietnã, brigar com vietcongs.”