Porque sou contra a legalização da maconha

Eu sou contra a legalização da maconha, ou melhor, quase isso. E as razões de eu ser contra é um pouco diferente da grande maioria.

Há quem diga ser contra a maconha por ela ser viciante. Outros porque a maconha faz mal à saúde. Outros porque ela é a porta de entrada para drogas mais pesadas. Mas nenhum desses argumentos me convencem.

O fato de ser viciante ou fazer mal à saúde não convence porque outros vícios como álcool e cigarro também são tão ou até mais viciantes e também fazem bastante mal à saúde, mas mesmo assim essas drogas estão aí legalizadas. O fato de ser porta de entrada pra outras drogas também não convence, porque isso varia de pessoa pra pessoa. Não posso proibir todo mundo de fazer algo só por conta de alguns irresponsáveis. Cada um é cada um, e cada um deve ser responsáveis pelos seus atos.

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Porém tem um argumento que pouca gente se lembra dele, mas é o que mais me convence a ser contrário à legalização da maconha. É o cheiro. Isso mesmo, o cheiro. A maconha tem uma característica que a distingue de todos os outros vícios, que é o cheiro que ela deixa em todo o ambiente. Talvez só o cigarro se assemelhe um pouco a ela, mas não se compara. E é por esse lado da fumaça e do cheiro que o cigarro é proibido de ser consumido em locais públicos fechados.

A maconha quanto a isso é pior que cigarro. O cigarro incomoda bastante se fumado em locais fechados, mas se tolera que ele seja fumado em locais abertos. Mas a maconha até em locais abertos é bastante incômodo, e em locais fechados é algo inconcebível.

Então eu sou contra a legalização da maconha nos moldes que hoje é legalizado o cigarro. Se fosse legalizar a maconha teria que ser algo mais restrito ainda, proibindo o seu uso não só em locais públicos fechados, mas também em praças, parques, etc. Na minha opinião ela teria que ter locais próprios e sinalizados para o seu consumo livre, e em todos os outros lugares sem essa sinalização ela continuaria proibida. Afinal, quando se trata de moralidade e ética, a máxima de que o direito de um acaba quando começa o do outro é infalível. E isso vale também para a maconha e seus usuários.

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