Robôs: cada vez mais nos servem, e nos assustam

Realizando cada vez mais tarefas comuns e que até então só humanos sabiam fazer, como abrir portas, os robôs estão se incorporando à nossa realidade. E principalmente sendo cogitados para usos militares, com orçamentos vultosos em pesquisas.

Vejam esses vídeos se não são impressionantes. No primeiro um robô que não sabe abrir uma porta se comunica com o outro que sabe pra que ele o faça para ambos passarem:

Nesse outro o robô teima em abrir a porta, mesmo com o humano fazendo de tudo pra impedi-lo:

Ou seja, robôs autônomos e “inteligentes” não são mais ficção científica, como era apresentado no filme “O Exterminador do Futuro”. Eles já são tecnologicamente viáveis, restando apenas a nós humanos determinarmos qual o nível de autonomia que eles devem ter.

São coisas como essas que fazem com que a ciência e a ética se entrelacem cada vez mais. Deveria um robô ter autonomia para possuir armas de fogo e até matar em algumas situações extremas? Ou nesses casos de vida ou morte deveria sempre ter um humano sendo consultado por trás para dar a última ordem? Ou será que a capacidade de decisão dos computadores no futuro graças à inteligência artificial ficará tão ou mais precisa e confiável que a humana?

Tomemos o exemplo dos carros. No início se achava que nem mesmo os seres humanos seriam capazes de pilotá-los regularmente pelas ruas, pois aconteceriam muitos acidentes. Mas hoje eles estão em todas as partes sendo pilotados por todos os tipos de pessoas.

Ninguém duvida que um carro quando mal utilizado é uma arma. Mas mesmo assim cada vez mais estão surgindo projetos que delegam a confiança de guiar o automóvel a um computador, e sob o argumento inclusive de que ele seria mais seguro até do que humanos.

Diante disso, o que o futuro nos reserva? Computadores com mais poderes de decisão que os próprios humanos que os programaram? Você viajaria em um avião se soubesse que na cabine não há piloto algum, apenas um computador ultra sofisticado? Por mais que te digam que ele seria até mais seguro que um piloto humano, só de pensar em estar dentro de um avião “sem piloto” dá um friozinho na barriga.

Pra finalizar, acho que a princípio ficaremos sim bem reticentes a dar muitas responsabilidades chaves aos computadores, como é o caso de decisões de vida e morte, pilotar aviões, etc. Porém o futuro é bem imprevisível, como temos notado até hoje, e a tecnologia realmente caminha a passos largos e sempre surpreende. Então não duvido nada que até essas questões mais polêmicas poderão sim um dia ser delegadas aos robôs. Seus idealizadores podem até dizer que racionalmente falando isso será mais seguro, mas o nosso emocional sempre ficará com um pezinho atrás.

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