Reflexão sobre política brasileira e a igreja evangélica.

Tem dias em que penso, em algumas situações da realidade brasileira.

E uma das coisas que me assusta , é a forma como a presença das Igrejas Evangélicas está a configurar o Brasil.

No parlamento, talvez um terço dos deputados são evangélicos, sejam eles de qualquer partido, logo deduzo que a ideologia não interessa, só o poder.
À custa de Deus e da família, têm um discurso todo formatado para os seus eleitores, que afinal são os seus fieis.
O que defendem?
Penso, que pouco mais do que o dizimo dos 10%.

Se fizerem uma análise não deve haver nenhum país democrático no mundo, que tem eleitos tantos representantes de uma ordem supostamente religiosa. Pois para mim a Igreja evangélica não é uma religião.

Quando ouço falar sobre corrupção, é raro ver esta linha de orientação, e da forma como ela está a afectar a sociedade brasileira.

Gostava que alguém me explicasse para que quer um pastor ser deputado, e o que pode ele trazer à política além de uma visão minimalista da sociedade.

O sistema político assente no voto na pessoa, em vez do partido, facilita a eleição de alguém que tem um púlpito, e esse é o maior erro do próprio sistema, pois não existem discussões ideológicas, só discussões pessoais.

Na minha opinião, enquanto as igrejas evangélicas não perderem o poder que têm nada será alterado, pois o fundamento religioso que têm é o lucro piramidal, distribuindo entre pastores, e aspirantes a pastores.
O fundamento de qualquer "religião", é aumentar o numero de seguidores, e juntar política a isto, vai criar muitos sectores marginalizados, quando a obrigação de qualquer país democrático é integrar.

Podem discordar de mim, mas a vida é como é , e cada um escolhe a sua.