O primeiro hard fork (e quarentena) a gente nunca esquece. Versão Steemit.

Como todo mundo deve ter acompanhado por aqui, no fim do mês passado aconteceu o hard fork no blockchain do Steem que deu origem ao blockchain Hive. Foi uma reação a compra da empresa Steemit Inc por Justin Sun (@justinsunsteemit), presidente da Fundação Tron, que controla o blockchain - https://tron.network - com o mesmo nome.

Isso foi antes do agravamento da pandemia do Covid-19 que fez os governos implantarem o fechamento do comércio, distanciamento social e o uso de álcool gel e máscaras (a que uso na foto foi minha mulher que costurou). Pra refrescar a memória, o acontecimento acabou não sendo amistoso, com disputa entre witnesses e o novo controlador da empresa que lançou este blockchain aqui, onde agora vc lê este post, uma das primeiras experiências misturando a tecnologia que garante a segurança e inviolabilidade das criptomoedas, desta vez aplicada nas redes sociais, blogs e comunidades online.

Todo o processo conturbado, inclusive envolvendo grandes exchanges de criptomoedas, virou notícia até no Cointelegraph Brasil: CEO da Binance retira voto em caso da Steem e aconselha Justin Sun: 'Transparência funciona''. Até celebridades do mercado repercutiram, como o fundador do Ethereum em seu perfil @VitalikButerin no Twitter, junto com o escritor e evangelista do Bitcoin Andreas Antonopoulos [(@aantonop,](mailto:(@aantonop,) este último tb criou uma conta aqui anos atrás: @aantonop.

Não achei o link mas tenho quase certeza que até mesmo o criador em série de blockchains, Daniel Larimer (@dan), cofundador e ex-CTO da Steemit Inc, que além do blockchain Steem também criou o BitShares (https://bitshares.org) e o EOS (https://eos.io), usou seu perfil @bytemaster no Twitter para comentar o hardfork.

Steem e/ou Hive?

Aparentemente, entre mortos e feridos, salvaram-se todos. O desfecho do conflito acabou resultando em 2 plataformas, que se bifurcaram do mesmo código, incluindo acusações de censura de usuários, confisco e congelamento de criptomoedas de todos os lados. Para nós, que nos acostumamos a publicar e transacionar no Steem blockchain, através do Steemit ou outros inúmeros dapps, ficou a dúvida: utilizar ambas as plataformas, escolher uma ou mesmo desistir.

De minha parte confesso que os rumos que o blockchain do Steem estava sendo conduzido, com o atraso do projeto SMT (Smart Media Tokens) conduzido pela Steemit Inc, que acabou sendo ultrapassado pelo Steem Engine, prometendo fazer a mesma coisa (criação de tokens), criou uma convivência estranha. Já pressentia que o clima estava pesado entre a empresa e os witnesses que hoje escolheram se separar e apostar na Hive.

Independente qual lado está correto, como trabalho com redes sociais, me vejo obrigado a pelo menos a manter minha conta e continuar testando aqui. Assim como começar a utilizar o Hive - https://hive.blog/@wagnertamanaha - cujo perfil foi automaticamente clonado, não exigindo nenhum esforço, da mesma forma como nos famosos hard forks do Bitcoin (que originou o Bitcoin Cash) e do Ethereum (que originou o Ethereum Classic), que não vivi mas ouvi falar. Aliás, quem se interessar pode checar meu primeiro post lá: O primeiro hard fork (e quarentena) a gente nunca esquece. Versão Hive.

O risco maior de manter vários blogs é ver algum deles serem menos atualizados, como aqueles que criei em outras redes sociais em blockchain com criptomoedas como o Cos.tv, Minds, Cent, Coil, Peepeth, Uº Community, Yours, entre várias outras que só funcionam com app no celular. Afinal, foi assim que consegui experiência para oferecer apresentações como as que fiz na Semana da Economia Criativa de Sorocaba/SP, na WMcCann e na Digital House.

Steemit, Steem, SBD, Tron Network e USDJ

Ainda é cedo para dizer mas talvez uma das vantagens da aproximação do blockchain do Steem com o blockchain da Tron seja a possível integração das diferentes plataformas de conteúdo e redes sociais adquiridas com alarde por Justin Sun e da qual a Steemit Inc é apenas uma das mais recente.

Em agosto de 2018 foi o BitTorrent (https://www.bittorrent.com) e seu token BTT, em dezembro de 2019 foi o Dlive (https://www.dlive.tv), esta inclusive começou aqui no blockchain do Steem (@dlive) e uma eventual reativação da conta pode ser sinal que a integração pode ser factível.

Nem imagino como mas uma outra oportunidade seria unificar ou tornar compatíveis as criptomoedas pretensamente estáveis de ambas as plataformas, o SBD (Steem Dollar, que curiosamente voltou a orbitar próximo de US$ 1, como mostra o site @coingecko) e a criptomoeda USDJ lançada no mês passado, segundo noticiou o site Moneytimes: TRON lança sistema de stablecoin parecido com MakerDAO.

Como podem ver, para o mal ou para o bem, muita coisa ainda pode acontecer. Desde dia 5 o @steemitblog (blog oficial da empresa, agora com novo proprietário) está cumprindo a promessa de anunciar novidades diariamente, por 100 posts seguidos. Vamos acompanhar.

Valeu! Sucesso e boa sorte mais uma vez!!

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