Estudar ouvindo música ajuda?
Infelizmente, a resposta é “depende”, mas vamos destrinchar, nos subtópicos a seguir, alguns pontos para facilitar a análise do tema.
Redução de estresse
Nos estudos de Jiang (2013), alunos sob considerável carga de estresse, devido a uma prova, foram divididos em quatros grupos: um grupo que ouviria músicas relaxantes de seu gosto; o segundo ouviria músicas estimulantes de seu gosto; o terceiro, músicas relaxantes que não fossem de seu gosto; o último grupo ficaria com músicas estimulantes que não fossem de seu gosto.
Em seguida, os pesquisadores buscaram medir o nível de tensão e de ansiedade dos participantes do estudo. Os resultados indicam que, quando apreciada pela pessoa, tanto a música relaxante quanto a música estimulante podem contribuir para diminuições notáveis da tensão e da ansiedade. Ademais, ao ouvir uma música estimulante ou relaxante que o participante não gostava ou era indiferente, a resposta não foi positiva para a redução do estresse.
Portanto, no que se refere ao estresse, observa-se indícios de que ouvir músicas que você gosta é o mais recomendado.
Capacidade de memorização
Já em Ahmad (2018), foi realizada uma pesquisa relativa à influência da música no desempenho de atividades de memorização de estudantes de matemática.
Para atividades mais relacionadas à lógica, tal como a matemática, é comum que os alunos ativem mais o lado esquerdo do cérebro.
Entretanto, estudantes mais habituados às atividades lógicas podem ter maiores dificuldades em tarefas que necessitem do uso combinado dos dois lados do cérebro, como ocorre em atividades de leitura e memorização.
Nesse contexto, estudar ouvindo música de fundo pode auxiliar na ativação de ambos os lados do cérebro, otimizando, assim, o processo de memorização.
Por fim, ainda em Ahmad (2018), a pesquisa indica que o gênero de música que gera maior melhora no desempenho de memorização é a música clássica.
Capacidade de concentração
Conforme Baker (2007), com o auxílio de ressonâncias magnéticas, analisou-se a atividade cerebral de pessoas antes, durante e depois de ouvirem uma sinfonia musical.
Desse experimento, a equipe de pesquisa de Stanford observou que a música ativou regiões do cérebro relativas à atenção, à capacidade preditiva e à memória.
Ademais, identificou-se outro fator interessante: a atividade cerebral atingia o seu pico nos breves momentos de silêncio entre os movimentos musicais (aqueles momentos que parecia que nada estava acontecendo).
Assim sendo, uma conclusão que começamos a construir é que músicas sem muitas pausas, isto é, muito agitadas, podem não ser benéficas para a concentração.
Dicas para estudar ouvindo música
https://educacaovirtual29.blogspot.com/2022/03/estudar-ouvindo-musica-ajuda-beneficios.html