As fortes ondas de calor estão afetando as colheitas de
milho da segunda temporada na União Europeia. Com isso, as importações da UE de
milho mais barato da América do Sul vivem momento de alta.
O bloco aumentou as compras de milho em 77% desde 1º de julho em comparação a 2018, de acordo com os números atualizados da Comissão Europeia.
Até agora, o Brasil se posiciona como o maior fornecedor, trabalhando em um volume de exportação 15 vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
Dentro desse cenário, o país conquistou uma vantagem inicial em relação à Ucrânia, onde a União Europeia adquiriu a maior parte do cereal na última temporada.
As lavouras de milho da França foram afetadas pelas altas temperaturas e o clima árido, típico do verão do hemisfério norte.
A unidade da UE responsável por monitorar as lavouras projeta uma redução nesta semana para a produção de milho da região.
Dentro das novas projeções, o bloco poderá precisar aumentar as importações. O Departamento de Agricultura dos EUA acredita que a EU seguirá sendo o maior importador de milho do mundo pela terceira temporada.
Neste cenário, o Brasil ganha participação de mercado da Ásia à Europa, porque a produção recorde e o Real fraco puxaram para cima a competitividade das exportações de grãos.
Cenário de crescimento na exportação do milho brasileiro
Neste mês de agosto, o país prevê a exportação de 8 milhões de toneladas, resultando no recorde mensal alcançado em julho, de acordo com dados da ARC Mercosul, um braço forte na América Latina da AgResource, sediado em Chicago.
O crescimento das importações de milho brasileiro pela União Europeia também mostra como rivais dos EUA seguem em vantagem no cenário de preocupação com as condições da safra americana.
De acordo com dados da ARC Mercosul, o milho brasileiro ainda é o segundo mais barato do mundo, atrás apenas do grão da Argentina. A Europa costuma importar a maior parte do milho da Ucrânia, que projeta a colheita de uma supersafra para as próximas semanas.
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