Faixa de fronteira entre Venezuela e Colômbia
A situação na fronteira da Venezuela com a Colômbia se torna cada vez mais complicada com a presença de grupos armados (paramilitares) colombianos, segundo relatórios da 'Fundação Paz e Reconciliação (Pares)' e de outros organismos internacionais o índice de crimes - homicídios, sequestros..- cometidos na fronteira aumentaram. Os dois países compartilham uma fronteira com mais de 2000 KM.
Presidente da Colômbia, Iván Duque, e o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro
Apesar de Bogotá acusar o governo venezuelano de apoiar os diversos grupos criminosos colombianos que operam na fronteira, foi o opositor de Maduro, Juan Guaidó, quem recebeu ajuda do grupo paramilitar 'Los Rastrojos' para cruzar a fronteira até a Colômbia e reunir fundos para levar uma suposta ajuda humanitária à Venezuela.
Juan Guaidó com narcotraficantes colombianos
Por diversas vezes o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, decretou alerta laranja na fronteira e ordenou a mobilização militar para a região para poderem defender o país.
"Tenho informações de primeira ordem de que pretendem realizar provocações para que se inicie um conflito armada na fronteira Colombo-Venezuelana..." Disse Maduro em novembro de 2019.
A Rússia tem agido para intervir na região e buscar soluções pacíficas, em 7 de fevereiro o ministro das relações exteriores russas, Sergey Lavrov, visitou a Venezuela e foi recebido pelo presidente, Nicolás Maduro, dentre os assuntos conversados, foram discutidos meios de repelir 'sanções ilegais' que só pioram a situação social e econômica da Venezuela.
Sergey Lavrov, ministro de relações exteriores russo, e Delcy Rodríguez, vice-presidente venezuelana
O ministro russo também reforçou que repudia os esforços para 'ressuscitarem' doutrinas neo-coloniais, como a doutrina Monroe, ou mesmo as tentativas de fazerem surgir as terríveis 'revoluções coloridas', tanto a Rússia quanto o México acreditam que os problemas que surgem e os que vêm se acumulando devem ser resolvidos exclusivamente através do diálogo entre o governo venezuelano e a oposição. "Nós ouvimos comentários vindos de Washington que dizem que apenas com a remoção do atual governo os problemas na Venezuela poderão ser resolvidos." Disse o ministro. "Nós não enxergamos as coisas dessa maneira, nós apoiamos o diálogo sem pré-condições, somente assim as partes podem negociar soluções mutuamente aceitáveis para superar as crises existentes. Se o resultado do diálogo é predeterminado então não há mediação mas imposição," Ele concluiu.
O ministro russo também lembrou que o México apoiou a iniciativa da Noruega em promover o 'acordo de Oslo' para estabelecer o diálogo entre o governo venezuelano e a oposição. "Infelizmente, o acordo não aconteceu graças aos caprichos do auto-proclamado Sr. Guaidó" afirmou o ministro.
"Só os venezuelanos podem resolver os problemas da Venezuela, outros podem tentar impedir que eles dialoguem. Nós vemos algumas tentativas de criar pretextos que justificariam uma intervenção militar," Disse Lavrov. "Rússia e México concordam que isso será categoricamente inaceitável," Ele acrescentou.
Presidente Interino (auto-declarado) e o Presidente eleito da Venezuela
"Eu tenho ouvido mais ameaças de Washington - que punirá todos e qualquer um que coopere com a Venezuela de um jeito ou de outro. Nós já nos acostumamos a ouvir isso. [...] Se os países da América Latina se sentem confortáveis ouvindo isso, é seu direito soberano. Eu acho que isso é ofensivo para todos os países latino americanos, independente de suas posições com relação à Venezuela ou qualquer outro conflito internacional," Disse Lavrov.
Em 5 de fevereiro o 'comissário especial para segurança e inteligência do governo interino da Venezuela', Iván Simonovis, que acompanhava Juan Guaidó em sua viagem aos Estados Unidos, entregou uma carta ao presidente e ao vice-presidente americano que diz "Os EUA lideraram no passado muitas campanhas bem-sucedidas que diminuíram a 'influência' de regimes opressores. Nós não temos como agradecer a vocês e essa administração por todo o suporte que nos deram durante esses tempos sombrios. Mas agora nós pedimos para acelerarem o processo e cortarem o suprimento de oxigênio, para finalmente acabarmos com o Maduro. Salvar a Venezuela é salvar o mundo.
Fontes:
https://www.hispantv.com/noticias/venezuela/449251/frontera-colombia-grupos-armados-guaido
https://tass.com/politics/1114693
https://tass.com/politics/1117501
https://twitter.com/Simonovis/status/1225135812515377153
https://pt.euronews.com/2019/09/04/alerta-na-fronteira-venezuela-colombia
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