Sinopse: Chise Hatori é uma adolescente de 16 anos que tem uma vida muito complicada e sem muita perspectiva de melhora. Sem a presença da família ou uma motivação externa que a faça querer viver... Ela não consegue pensar em como será o seu futuro. Mas a seu destino está prestes a mudar quando ela causalmente encontra Elias Ainsworth, um misterioso mago que lhe oferece uma luz no fim do túnel.
Adolescência é uma fase marcada por diversas transformações e situações que para muitas pessoas não complicadas de serem assimiladas. Quando se atravessa essa fase sem a presença das pessoas que mais amamos, tudo parece ser ainda mais complicado e é preciso aprender a amadurecer mais rápido. Chise sabe muito bem o que é viver assim e logo de início muitos espectadores podem se ver na história dela, porque é algo bem humano e comum na vida de milhões de pessoas (que hoje são adultas) em qualquer parte do mundo.
Quando o destino lhe apresenta o mago Elias, ela consegue ver que a sua vida pode mudar. Então, aceitando o inesperado convite para ser a sua aprendiz em um mundo encantado por dragões, fadas e demais criaturas que habitam o lugar, a jovem logo irá perceber que ser apenas a sua ajudante nesse incrível mundo novo não é a sua mais importante tarefa... Um jornada muito mais alucinante a espera, e ela não faz a mínima ideia disso.
Produzida no Japão, essa adaptação do anime (que foi escrito e ilustrado por Kore Yamazaki) foi um trabalho dos estúdios Wit e divide-se entre os aspectos dramáticos que criam dilemas muito pertinentes para a formação de uma pessoa em sua essência e entre os aspectos mágicos que criam grandes momentos de fantasia (embalados por uma trilha sonora muito boa e executava de maneira correta, diga-se de passagem) ao longo dos seus 24 episódios.
Personagens que fazem jus a importância da história que está sendo contada são trabalhados de uma maneira inicialmente contida (porém, nunca de forma entediante), mas que logo ganham força e mostram a sua relevância para compor o todo. Bem desenvolvidos dentro de suas funções para a construção da trama, eles são partes de momentos-chaves para manter funcionando o mistério e dinamismo a cada novo acontecimento.
Com traços intimistas e cores que trabalham para criar uma atmosfera meio densa em vários momentos (criando uma certa "bestificação" na relação entre Chise e Elias), esse anime consegue fincar uma importância considerável na mente do público no que diz respeito ao crescimento pessoal e as novas formas de poder enxergar e encarar a vida como ela realmente é (e não como nós - ou os outros - queremos que ela seja).
Através das aventuras de Chise, pode acompanhar a transformação de um ser descrente em um ser mais confiante de si mesmo e os mistérios que rondam a sua aproximação com Elias se mostram um ótimo argumento para criar uma tensão que, de certa forma, representa a dualidade que existe dentro de todo ser humano.
Por fim, é importante frisar o quanto os animes - de um modo geral - andam investindo em narrativas que fujam do senso comum (não que isso seja algo ruim, mas padroniza demais as coisas e se torna muitas vezes monótono) e ainda que os exemplares - como este - sejam uma minoria... Fica o sinal de alerta de que renovações estão sendo feitas dentro desse seguimento do mundo animado.
Mahoutsukai no Yome (também conhecido como The Ancient Magus Bride) é um anime muito bem produzido (rico em dinamismo e finalizações referentes a edição de arte) e que pode ser descrito em uma palavra como contagiante, por conseguir - de uma maneira tão eficaz - se fazer muito mais importante do que os nossos olhos podem enxergar.
Parabéns, seu post foi selecionado pelo projeto Brazilian Power, cuja meta é incentivar a criação de mais conteúdo de qualidade, conectando a comunidade brasileira e melhorando as recompensas no Steemit. Obrigado!
Downvoting a post can decrease pending rewards and make it less visible. Common reasons:
Submit