Mais uma normalidade do serviço público. E tenho uma intuição de que no mês de d ...

in appics •  6 years ago 

... ezembro, essa lista tende a aumentar. Enquanto os políticos não entenderem que são servidores e não autoridades, veremos o dinheiro público sendo gasto com quem menos precisa. Enquanto isso sustentamos a clínica, e outros instrumentos no acolhimento e terapêutica do sofrimento humano. Sustentando a possibilidade do discurso, e o importante poder da palavra. Hoje sabemos que o ato de falar sobre a angústia e sofrimento, traz um alívio a muitos pensamentos que não foram realizados em uma vocalização ao outro. Por isso importância nas relações sociais em falar, e também em ouvir. Buscar ter relações sociais saudáveis, respeitando individualidade de cada um, é um ótimo caminho para saúde mental individual e social.

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Esta discussão do limite do assistencialismo deve ser encarada de forma sensata e flexível. tal com igualdade não é tratar todos por igual, mas tratar todos de forma a ficarem equalizados, também a noção de serviço público requer alguma coragem, pois existe muito esbanjamento por conta de medidas que ficam bem no instagram e que causam esvaimento nos recursos que deviam ser direcionados para quem é realmente necessitado e não tem alternativas.
São escolhas eternamente discutíveis. Pessoalmente , considero que só a saúde e a educação deviam ter direito a esgotar recursos públicos, a primeira por razões óbvias; é algo que ultrapassa a vontade e a capacidade do indivíduo e a segunda por ser uma ferramenta essencial ao desenvolvimento pessoal e que tem o potencial de nos levar a adquirir e construir uma vida digna, próspera e de qualidade a todos os níveis.
Quanto ao funcionamento das instituições e orgãos de poder e às opções dos políticos, esse é um filme que se repete e repete... aparentemente sem fim no horizonte temporal da nossa geração.
Enquanto isso, pessoas de bom coração vão fazendo a sua parte e contribuem para tornar o mundo mais justo no dia-a-dia.


ptgram

Muito bom @isabelpereira! Obrigado pela complementação. Aqui temos o SUS como um serviço público com premissa de ser universal, equigual, e integral. Certamente te acompanho sobre o assistencialismo, assim como no entendimento que serviços essenciais como saúde e educação são premissas de qualquer Estado que se pretende ser civilizado. Na prática o que acompanho, é que existe gasto burocrático imenso, e pouco chega a assistência. Um Estado que se auto alimenta, sem fazer o que se propõe, mesmo tendo muita gente disposta a fazer funcionar o serviço público, que por sinal é muito melhor que os que os planos oferecem, por mais que muitos tenham dificuldade de ver. Em contra partida os planos saciam os que querem responsabilizar os serviços de saúde, ou ter os recursos que querem. É um assunto complicado. De qualquer forma, continuamos assistindo o desmonte do serviço público de assistência essencial, em nome de um privado que ninguém conhece, só pelo lema do liberalismo extremo e anti socialismo, sem entender que existem questões complexas em relação ao funcionamento humano. Enquanto o Estado continua aumentando, incluindo seus custos, estrangulando esses serviços, com apoio de grande parte da população insatisfeita com os próprio desgovernos que temos há anos e anos. Também não vejo horizonte, mas seguimos na luta, tentando fazer o que dá, sem receber até, por pessoas, e é muito bom poder ver os resultados. Quem sabe no futuro tenhamos tempos menos rudes, e melhor compreensão do que somos como espécie, e como podemos ser muito melhores, tanto em afeto, e consequentemente inteligência.

Bom dia @matheus em Portugal temos o SNS e o mesmo problema com o seu desmantelamento gradual. As bandeiras de cumprimento de metas de défice público para passar nos exames da UE justificam que o sistema de saúde pública vá cada vez mais parar ao modelo privado ou de parceiras público-privadas.E já sabemos como vai acabar a saúde encarada como um negócio e os hospitais como empresas: a soro e ligada às máquinas....
Como em tudo na vida a regra de ouro é o bom senso.
Haja saúde! :D

Isso é uma realidade tão triste... Mas sabe o que mais me assusta? É ver uma grande parte da população encarando isso com uma "normalidade" cada vez mais crescente porque vivemos no Brasil. =/

Sim. As dificuldades deixaram de ser um viés para busca de melhorias, e passaram a ser pelo fim utópico do que não faz parte do gasto individual palpável. Paira uma concepção social de que o serviço público como um todo deve ser privatizado. Sendo que as únicas instâncias públicas que realmente agem em prol de mudanças, são as instâncias da saúde e educação. Enquanto isso quem ocupa o poder público, sucateia os serviços, em prol de uma privatização onde não se tem noção de que uma grande parcela da realidade social não é pobre, é miserável. E mesmo quem acredita que pode bancar uma saúde, não entende como pode ser perversos as atuações de muitos planos de saúde. Em contrapartida ser um cidadão não passa a ter muito sentido, quando o Estado não chega a maioria da população. No meio disso tudo, as pessoas brigam por ideias, e nada é realizado socialmente. Enquanto os políticos continuam a controlar a parte técnica, governando para uma minoria, enchendo os bolsos com nosso dinheiro, justificando que um país rico como o nosso está em crise econômica. Se estamos em crise, é uma crise humana. Valeu @wiseagent!

Olá @matheusggr,
Eu concordo em parte na questão da privatização.
Existem modelos como o Suíço (que eu conheço), que funcionam muito bem. O problema principal pra mim é a corrupção que esta generalizada como um câncer e os responssáveis lutam com todas as forças para não serem punidos.
Grande abraço!

Para deixar claro não sou contra o privado. E sim contra a privatização de serviços públicos a meu ver essenciais como saúde e educação. O Brasil é um país de características históricas e culturais próprias. Realmente existem modelos europeus tanto públicos quanto privados interessantes. Por mim poderia privatizar tanta coisa, até o jurídico, mas não serviços essenciais. Ainda mais com a realidade que vivemos, e da forma como está sendo.

A questão da corrupção como disse é um câncer, com metástases para todo lado. E realmente difícil de combater. Além da má gestão, os políticos tem muito poder, e a política representativa faz parte da maioria das negociações de poder dentro de muitas instituições.

Obrigado pela opinião e complementação!

Pois é, infelizmente.
Grande abraço e sucesso!