O quero-quero, aquele pássaro que, apesar de ser muito bom no voo, faz o seu ninho no chão, possui uma estratégia interessante. Quando um predador (um canídeo, por exemplo) se aproxima do seu ninho, ele sai andando como se estivesse ferido.
Mancando com as suas pernas longas, o pássaro induz o predador a ir atrás dele e, assim, quando enfim o predador se afasta do ninho, ele sai voando. O predador não consegue pegá-lo e também não encontra mais o ninho.
Pensando num comportamento complexo assim, fico pensando em como a teoria da evolução explicaria isso: Talvez um dia houve um quero-quero diferente. Em vez de tentar afugentar o predador (voando de forma ameaçadora sobre o predador, fazendo barulho e ameaças, dando rasantes perto da cabeça dele), esse quero-quero pode ter ficado num estágio intermediário entre dar no pé e defender o seu ninho. Assim, amedrontado, ele saiu desengonçado do ninho, como se ferido, fugindo de forma patética em função do terror em que se encontrava. O predador, por instinto, foi atrás dele, mas não o alcançou. Desta forma, sem querer, o medroso evitou o fim de sua linhagem (deixou descendentes).
Ao longo das gerações, o comportamento de se afastar "fingindo-se de ferido" foi sendo refinado (selecionado naturalmente), e hoje, os quero-quero fazem isso praticamente sem sentir o medo que sentiam nos tempos passados, e agem de forma que parece intencional.
Estes pensamentos também me fazem lembrar de um dia em que estava pensando sobre como é estranho (sem sentido) que o nervosismo possa causar tremedeiras que podem desabilitar completamente as pessoas (por exemplo, no exame de direção). Seria reflexo de algum instinto dos nossos ancestrais? Talvez a tremedeira fizesse eles parecerem menos saborosos para os predadores, talvez ela os fizesse parecer com a vegetação balançando ao vento (como aparentemente o cameleão faz quando anda daquele jeito engraçado). Mas, essa ideia certamente foi só viagem mesmo, provavelmente a tremedeira existe apenas por que, em tempos primitivos, ela não fosse tão desabilitante, pois era só fugir ou lutar, nada que necessidade de movimentos precisos.
Lembro, agora, que já ouvi dizer que nós suamos de medo porque isso fazia nossos ancestrais mais difíceis de serem pegos (eles ficavam mais escorregadios). Teoria que me faz pensar novamente que, talvez, tremer com uma vara verde possa ter um papel numa estratégia do tipo da usada pelo camaleão...
Mancando com as suas pernas longas, o pássaro induz o predador a ir atrás dele e, assim, quando enfim o predador se afasta do ninho, ele sai voando. O predador não consegue pegá-lo e também não encontra mais o ninho.
Pensando num comportamento complexo assim, fico pensando em como a teoria da evolução explicaria isso: Talvez um dia houve um quero-quero diferente. Em vez de tentar afugentar o predador (voando de forma ameaçadora sobre o predador, fazendo barulho e ameaças, dando rasantes perto da cabeça dele), esse quero-quero pode ter ficado num estágio intermediário entre dar no pé e defender o seu ninho. Assim, amedrontado, ele saiu desengonçado do ninho, como se ferido, fugindo de forma patética em função do terror em que se encontrava. O predador, por instinto, foi atrás dele, mas não o alcançou. Desta forma, sem querer, o medroso evitou o fim de sua linhagem (deixou descendentes).
Ao longo das gerações, o comportamento de se afastar "fingindo-se de ferido" foi sendo refinado (selecionado naturalmente), e hoje, os quero-quero fazem isso praticamente sem sentir o medo que sentiam nos tempos passados, e agem de forma que parece intencional.
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É uma bela hipótese. Mas não nos esqueçamos também do nosso costume de subestimar a inteligência dos animais, que muitas vezes nos surpreendem. Certas aves, como por exemplo corvos e papagaios, costumam ser bastante inteligentes.
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