Olá steemians!
Aproveitando o gancho sobre sustentabilidade, voltarei discutir algo que vem fazendo o setor da fotovoltaica estar na contramão da crise: a redução de subsídio na geração distribuída. E isso vem fazendo com que a implantação de Pequenos projetos de geração distribuída sejam acelerados, movimentando mais de R$ 5 bi na economia.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica - ABSOLAR, "a geração distribuída movimenta R$ 5,6 bilhões em investimentos".
Em um cenário, onde se tem uma mudança legal que envolva a redução de benefícios fiscais, as empresas tendem a suspender os investimentos. Mas neste caso, da geração fotovoltaica, está ocorrendo o contrário.
E isso está acontecendo exclusivamente pelo motivo de que a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, que regula o setor, está com discussões em aberto sobre a redução de subidísios na geração distribuída a partir do ano que vem.
No modelo atual, os consumidores instalam painéis solares ou geradores eólicos, para gerarem energia em suas casas / comércios / indústrias, repassando o excedente de energia gerada para a rede das distribuidoras, obtendo descontos e créditos na conta de energia.
Esse aumento significativo tem como motivação um fator que mexe no bolso: a discussão que está sendo analisada na ANEEL prevê reduções significativas no retorno financeiro desses projetos.
O modelo atual, permite um desconto na conta de energia fazendo com que o investimento inicial, seja compensado ao longo dos anos devido à queda do valor na fatura.
A conta de energia paga por quem possui um micro/mini gerador instalado e homologado pela distribuidora tem descontos que incide sobre toda a tarifa, inclusive sobre encargos de distribuição.
Isso acontece porque, quem adere ao sistema de compensação precisa conectar a sua unidade geradora a rede de uma distribuidora. O consumidor utiliza a infraestrutura desta distribuidora, funcionando como uma bateria que guarda os créditos do excedente de energia ferada por até 60 meses.
No entanto, o que está em discussão é sobre o custo da utilização da infraestrutura da rede (As tarifas TUSD e TUST cobradas na fatura de energia), que hoje não é remunerada pelo consumidor com micro/minigerador em funcionamento. Os custos referente ao uso da rede (TUSD e TUST) são rateados entre todos os outros consumidores que não têm sistemas de geração distribuída.
A ANNEL traçou cinco cenários posdível em que esses consumidores que possuem pequenos geradores passariam a remunerar as distribuidoras, e a partir daí começariam a pagar entre 28% e 63% da tarifa cheia.
E o que tem motivado a implantação de mais projetos é que, a regra para quem tiver o sistema homologado e funcionando, antes do vigor da norma, terá prazo de carência, de 25 anos para entrar na nova norma.
A nova fase da consulta pública na ANEEL, do re o tema, será aberta até outubro de 2019, e a definição das novas regras, no início de 2020.
Os descontos vantajosos, mais a redução nos custos aquisição e implantação desses equipamentos levam a uma expansão considerável nessa fatia do mercado. Em 2015 eram pouco mais de 1.8 mil unidades consumidoras com geradores em funcionamento, e, em 2019 passou dos 33 mil. E de toda essa matriz de energética a energia solar fotovoltaica representa cerca de 77% da geração distribuída total atualmente.
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Infelizmente no Brasil as placas solares ainda são muito caras e acrescenta o lobby das empresas geradoras para atrasar o desenvolvimento, pois vc gerando sua energia e ainda enviando energia limpa pro sistema e ainda pagar por isso? É um absurdo.
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Com certeza é um absurdo. Nesse país temos que mostrar que somos melhores e não deixar que estas empresas extrangeiras venham aqui e façam o que quiserem. Todos precisam ganhar dinheiro e trabalhar, isso é verdade. Mas, se permitirmos atrasos desse tipo, no desenvolvimento desse setor, vai chegar uma hora que seremos obrigados a implantar energia nuclear, o que é muito perigoso. A demanda por energia cresce dia após dia, e a geração não está alcançando este ritmo.
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Muito obrigado.
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